Libertados jovens guineenses que se manifestaram contra dissolução do parlamento

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Um comunicado do secretariado do conselho central da Juventude Africana "Amílcar Cabral" (JAAC), do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), publicado na rede social Facebook, dá conta da libertação dos jovens ao princípio desta noite.

Os jovens estavam a manifestar-se em frente à sede da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a quem pediram que anule a decisão do chefe de Estado guineense, na cimeira de líderes da organização que decorre hoje em Abuja, Nigéria.

"Através desta informamos aos nossos camaradas que finalmente os nossos dirigentes que foram arbitrariamente detidos em pleno exercício dos seus direitos foram postos em liberdade", refere-se no comunicado.

A JAAC exige, contudo, a responsabilização dos autores morais e materiais da detenção dos jovens que apelida de "combatentes da defesa da democracia liberal" na Guiné-Bissau.

A situação na Guiné-Bissau é um dos pontos da cimeira em que participa Sissoco Embaló.

O Presidente guineense evocou a existência de uma grave crise institucional no país e uma tentativa de golpe de Estado no passado dia 01 para no dia 04 dissolver o parlamento, que acusa de ser o foco da instabilidade.

O presidente do parlamento e líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, alega que a decisão do Presidente é inconstitucional porque, segundo a Constituição, a Assembleia Nacional Popular só pode ser dissolvida 12 meses após as eleições legislativas.

Simões Pereira agendou para a próxima quarta-feira a sessão plenária do parlamento, interrompida no passado dia 04 quando foi anunciada a dissolução, e pediu ao Governo que garanta as condições de inviolabilidade do espaço, conforme o regimento.

A CEDEAO é composta por Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo. 

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