Lisboa. Onda de ações de vandalismo “implica organização”

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A morte de Odair Moniz, na madrugada de segunda-feira, espoletou uma onda de desacatos e ações de vandalismo, em diferentes zonas da área metropolitana de Lisboa.

Ouvido pela Renascença, o criminologista André Inácio diz acreditar que existem grupos organizados por detrás destes atos.

“Há seguramente neste momento já uma estrutura organizada. Aliás, tenho assistido à forma como isto tem evoluído e constatámos que a dada altura, e própria polícia apercebeu-se disso e por isso que teve de muscular a sua atitude, criar um carrossel para obrigar a polícia a circular. Isto implica organização, isto implica um tipo de comunicação que é um tipo de comunicação muito própria das claques. Ou seja, estruturas organizadas. Isto é gente que trabalha para o caos, gente que trabalha para a confusão”, nota.

O criminologista sublinha que as redes sociais são o maior rastilho para a continuação destes desacatos. E acredita que os grupos organizados conquistam novos membros através das redes sociais.

“As redes sociais são neste momento o grande rastilho. Estão minadas de informação ou desinformação cujo objetivo é angariar novos recrutas para esta guerra contra o poder instituído”, aponta.

E ainda acrescenta: “Atenção que aqui há um aproveitamento por estes grupos marginais, a extrema-direita tem uma enorme vantagem com essa destabilização. É assim que eles crescem.”

Segundo André Inácio, tanto o Bloco de Esquerda como o Chega estão-se a aproveitar destes desacatos para "conquistar votos e atirar lenha para a fogueira", uma “atitude que é uma vergonha num Estado de direito democrático”.

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