Livre defende Estado como fiador a 100% na compra da primeira casa. Para Montenegro é "risco grande"

7 meses atrás 63

Os jovens foi um dos principais temas de destaque do debate deste sábado na TVI entre Rui Tavares, líder do Livre, e Luís Montenegro, líder da Aliança Democrática.

Luís Montenegro reforçou as propostas da Aliança Democrática sobre estabelecer um IRS máximo de 15% para jovens com idades compreendidas entre os 18 e 35 anos. Medida que, na opinião de Rui Tavares, poderá não ser muito justa, dando um exemplo de uma pessoa de 36 anos, com rendimento inferior ao de uma de 35, ficar obrigada a uma taxa mais elevada.

Para o líder do Livre o que se deve fazer é ajudar os jovens a comprar casa, com o "Estado a comparticipar a entrada para a aquisição da habitação através de um fundo público".

Um "risco grande" para a economia portuguesa considera Luís Montenegro, que defende que a garantia dada pelo Estado não deve ser de 100%. Deve ser aplicar a isenção de IMT na compra da primeira habitação e a redução de impostos.

Quanto à permanência dos jovens em Portugal, os partidos não são grandes opositores. Ambos defendem os benefícios da semana de trabalho de quatro dias, uma medida mais atrativa para fixar as faixas etárias mais jovens e com resultados positivos para uma economia mais produtiva.

"Infelizmente há muitos jovens que vão para o estrangeiro e não regressam", lamentou Montenegro.

No debate, Rui Tavares falou também de um sistema de herança social que se prende com um depósito de, por exemplo, cinco mil euros à nascença de um bebé. Feitos os 18 anos, o jovem poderá aceder à quantia. 

"O Livre acredita que ninguém nasce em condições tão desfavorecidas que não possa sonhar em grande", rematou Rui Tavares.

Os pensionistas foram igualmente falados. Tendo em conta a proposta da Aliança Democrática de aumentar as pensões mínimas até 2028 para 820 euros, Luís Montenegro reforçou que se "deve ajudar primeiro quem não tem outro rendimento" e Rui Tavares diz que é preciso ter em conta que "há muita gente que não contribuiu para a Segurança Social".

Ler artigo completo