À margem das flutuações das sondagens, Rui Tavares está convicto de que o Livre irá crescer e formar, pela primeira vez, um grupo parlamentar. À chegada do primeiro dia do Congresso, o líder do partido apontou como objetivo eleger, pelo menos, três deputados nas eleições de 10 de março. Além de Lisboa, Rui Tavares acredita que pode eleger pelos círculos eleitorais do Porto e de Setúbal. Apesar das convicções poderem ser demasiado ambiciosas, as sondagens mostram hipóteses de o partido conseguir pelo menos mais um elemento que poderá ser Isabel Mendes Lopes, número dois às legislativas por Lisboa, Jorge Pinto, cabeça de lista pelo Porto, ou Paulo Muacho, cabeça de lista por Setúbal.
Um resultado favorável para o Livre poderia resolver o excesso de centralidade na figura de Rui Tavares. A campanha eleitoral, a menos de um mês de arrancar, poderá ser uma oportunidade para o partido tentar dar a conhecer os rostos pouco conhecidos que querem levar ao parlamento.
Com a concentração de votos no Livre nos grandes centros urbanos, Isabel Mendes Lopes, número dois por Lisboa, é uma das candidatas que poderá chegar ao parlamento. No Livre “ainda antes de ser fundado”, a engenheira civil especializada em transportes juntou-se ao partido “sem conhecer ninguém” porque acreditava que “um projeto assim era preciso em Portugal”. Dez anos passados, Inês Mendes Lopes vê crescer a possibilidade de passar do trabalho no gabinete parlamentar do partido à intervenção direta na AR. Caso isto aconteça, a candidata espera poder vir a integrar a Comissão de Educação para garantir uma “verdadeira centralidade em cada criança e em cada jovem”. Também a Comissão de Ambiente está na mira. “Acompanhei de perto nesta última sessão legislativa e gostaria de continuar a acompanhar, agora como deputada”.
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