O ano de 2023 não foi excelente para o maior grupo transformador de cortiça do mundo. Por uma pequena margem, voltou a descer abaixo dos míticos mil milhões de euros de faturação.
As vendas da Corticeira Amorim recuaram 36 milhões no exercício de 2023, para os 985,5 milhões de euros, menos 3,5 milhões de euros. “Apesar de um mix de produto mais favorável e da subida de preços, a redução significativa dos níveis de atividade, nomeadamente da Amorim Cork Flooring, e o efeito cambial desfavorável explicam a diminuição das vendas de 3,5% face ao ano anterior (-2,2%, excluindo o impacto negativo da evolução cambial)”, explica a Corticeira Amorim em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Os lucros líquidos caíram para 89 milhões, menos 9,5 milhões que em 2022. Ao contrário, o EBITDA subiu dos 164 milhões de euros para os 177 milhões. Mesmo assim, o grupo avança no comunicado com uma proposta de dividendo bruto de 20 cêntimos por ação.
No final de dezembro passado, a dívida remunerada líquida da Corticeira Amorim aumentou para 241 milhões de euros, o que traduz um aumento de 112 milhões face há um ano, “refletindo o acréscimo das necessidades de fundo de maneio (108 milhões de euros), o aumento do investimento em ativo fixo (95 milhões), o pagamento de dividendos (39 milhões) e a aquisição do grupo VMD (12 milhões de euros)”, refere a empresa no mesmo comunicado.