Luís Freire: «A equipa foi ao limite, fica um amargo de boca»

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Luís Freire, treinador do Rio Ave, em declarações na conferência de imprensa no Estádio dos Arcos, após o empate (1-1) com o Famalicão, na oitava jornada da Liga:

«[O que sente que faltou para conseguir saltar para a frente no marcador e concretizar o caudal ofensivo que teve? Foi apenas pecar na finalização?] Uma primeira palavra para duas situações: jogadores e adeptos, ambos fantásticos hoje, em comunhão, a dar o máximo pelo clube. Agradecer aos jogadores pela atitude e aos adeptos pelo apoio incrível. Foi lindo de sentir e de ver. Agradeço, no final, o reconhecimento pelo jogo que a equipa fez. Senti muita energia dentro e fora do campo. Este Rio Ave é mais forte, já passámos muita coisa juntos e agradeço o apoio, que nos torna mais fortes.

Queríamos claramente dar uma resposta, a equipa tem criado oportunidades, mas também tínhamos de ter uma atitude de fome, de espírito, de ir à procura do golo, jogar futebol ofensivo, jogar o nosso jogo sem complexos, com um adversário forte pela frente. Hoje fomos mais fortes do que o adversário. O Famalicão esteve muito tempo sem criar perigo nenhum e nós, por várias vezes, podíamos ter inaugurado o marcador. Estivemos sempre com a intensidade o mais alto possível, à procura do golo, criámos várias jogadas com princípio, meio e fim. Fomos uma equipa ligada a defender e forte nos duelos. Boa primeira parte e podíamos estar à frente no marcador.

Pedimos aos jogadores para acreditarem, a equipa tentou, o Famalicão equilibrou o jogo e, numa das jogadas, num grande remate, quase na única oportunidade até aí, fazem o 1-0. Depois, torna-se mais difícil, aí foi preciso mostrarmos que somos um grupo forte, que os jogadores têm caráter e têm vontade de trabalhar juntos. Deram as mãos, o treinador arriscou, tivemos o golo, uma grande finalização do Hassan e, por várias vezes, podíamos ter feito o segundo golo. Tivemos muitas oportunidades de golo e arriscámos muito para ganhar o jogo e não empatar. A equipa foi ao limite para dar uma alegria aos adeptos, ficou um amargo de boca por não dar a vitória, mas ficou também muito orgulho nos jogadores e no que vi fora do relvado. Só assim vamos ser todos mais fortes.»

«[Quão importante tem sido Hassan?] O Hassan chegou no final do mercado, o Clayton tem estado bem, tem feito golos. Hoje tentámos vários planos e temos de crescer neles, temos jogadores que podem dar coisas diferentes e hoje provámos essa evolução na equipa. Vamos testar essas soluções todas. O Hassan é refinado, com qualidade, mostrou a sua capacidade, ia decidindo o jogo porque teve ainda mais ocasiões. Dá-nos confiança na frente de ataque e, a criar oportunidades como temos criado, vamos fazer golos. Quando esta equipa começar a marcar golos, vai ganhar jogos. Houve vários jogadores a entrar bem no jogo, muita vontade do banco e do público, essa energia foi fundamental.

Não quero deixar passar. Há duas semanas, este árbitro esteve no V. Guimarães-Famalicão e esta nomeação é expor um árbitro. Isso pressionou-o, estamos a pressioná-lo sem necessidade. Aos 43 minutos, o Mihaj teria de ser expulso, o Patrick [William] levou amarelo numa situação idêntica. Temos de estar atentos, não culpo o árbitro, culpo quem fez esta nomeação completamente escusada. Muitas faltas assinaladas e o critério não foi o mesmo para os dois lados. O árbitro fez o melhor, mas estamos a expô-lo sem necessidade. Vamos fazer as coisas bem feitas para não haver azares, eles acontecem, mas não nos devemos por a jeito.»

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