Lula insta países a aderirem à Aliança Global contra a Fome e Pobreza

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"A gente fica estarrecida porque 733 milhões de seres humanos vão dormir todas as noites sem ter que o comer. A gente pode dizer que existe seca, excesso de chuva, mas a verdade é que a única explicação para a existência da fome é a irresponsabilidade de quem governa os países, os estados", afirmou o chefe de Estado brasileiro, num evento a assinalar o Dia Mundial da Alimentação, instituído em 1980 pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

A criação da Aliança Global foi anunciada pelo Presidente brasileiro em julho, durante uma reunião do G20, que é presidido este ano pelo gigante sul-americano, e será formalizada em novembro, durante a cimeira de chefes de Estado e de Governo do grupo.

A cimeira terá lugar no Rio de Janeiro e deverá contar com a presença do primeiro-ministro português, Luís Montenegro, já que Portugal foi um dos países convidados para ser observador do grupo este ano.

A Aliança Global é um projeto pessoal de Lula da Silva que reunirá países que queiram contribuir financeiramente para apoiar projetos de combate à fome.

De acordo com o Governo brasileiro, cerca de 50 países já anunciaram a sua intenção de contribuir com recursos para a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e Instituições multilaterais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), também anunciaram que apoiarão o projeto.

A iniciativa prevê a criação de uma plataforma global onde os países poderão incluir os seus programas de erradicação da fome e da pobreza, estabelecendo os seus próprios planos e metas, e os membros da Aliança ajudarão a atingir esses objetivos com contribuições financeiras.

A plataforma servirá também para partilhar experiências, tecnologias e conhecimentos sobre os planos bem-sucedidos.

Durante o evento hoje em Brasília, foi apresentado um novo plano de incentivo à agricultura familiar e à promoção de produtos orgânicos, através do qual também serão reforçados os programas existentes de abastecimento dos setores mais pobres

De acordo com dados oficiais, no final de 2022 havia no Brasil 33 milhões de pessoas que passavam fome, número que foi reduzido para 8,7 milhões em 2023, através de várias iniciativas adotadas pelo Governo de Lula da Silva, de apoios às classes mais desfavorecidas.

"Nós já tiramos, em um ano e 10 meses de governo, 24,5 milhões de pessoas do Mapa da Fome. E a nossa ideia é tirar todos da fome até terminar o mandato em 2026", garantiu o Presidente brasileiro.

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