Luz Saúde: “IPO não era um tema que fosse fundamental para a empresa”

A Luz Saúde tinha como plano regressar à bolsa de Lisboa através de uma oferta pública inicial (IPO) na ordem dos 100 milhões de euros, mas decidiu suspender estes planos por considerar que não estavam reunidas as condições ideais, nomeadamente devido à instabilidade sentida nos mercados de capitais.

Em entrevista ao jornal “Eco”, a CEO do grupo de saúde, Isabel Vaz, admite existirem “planos B e C” após a falha, e ainda que a operação não era “fundamental para a empresa”, existindo então outros planos em cima da mesa.

“Aconteceram muitas coisas boas durante todo este período, que no fundo merecem neste momento uma reflexão estratégica. O tema do IPO não era um tema que fosse fundamental para a empresa e para os planos de desenvolvimento”, disse Isabel Vaz à publicação digital. Sobre a possibilidade de uma venda direta ou um IPO virado para o retalho, a CEO evidenciou o “processo enriquecedor” e o contacto gigante com os investidores que levaram à abertura de outras opções que “merecem neste momento a estarem consideradas nos processos normais de reflexão estratégica das empresas”, sendo que existem vários cenários em cima da mesa para o futuro.

Apesar de tudo, a CEO sublinhou que o mercado continua muito volátil e que a empresa está atenta “à política monetária americana e inglesa, que obviamente afetam os mercados mundiais”, além de que a “inflação continua teimosa”, o que influencia “a rentabilização no mercado de capitais do valores do que são as justas expectativas das empresas que se movem par ao mercado de capitais”.

O plano para o IPO tinha como objetivo apoiar a expansão internacional da Luz Saúde, sendo importante para o grupo ganhar escala mundial. Apesar da pausa, os planos de internacionalização continuam em aberto.