O líder da Iniciativa Liberal considera ” fundamental que a Madeira vá a eleições”. Rui Rocha acusa Albuquerque e Montenegro de aplicarem, nos últimos dias, “duplos critérios e critérios diferentes a situações semelhantes”.
O líder da Iniciativa Liberal (IL) olha para a renúncia de Miguel Albuquerque como uma “decisão óbvia”, insistindo que o social-democrata “não tinha condições para continuar” à frente do Governo Regional da Madeira depois de ter sido constituído arguido por suspeitas de corrupção.
No que diz respeito a um cenário de eleições antecipadas, Rui Rocha considera “fundamental que a Madeira vá a eleições”, contrariamente ao defendido esta tarde pela deputada única do PAN na Região, Mónica Freitas.
“Quer Miguel Albuquerque, quer o PSD nacional, nomeadamente Luís Montenegro, podiam ter poupado o país a esta esta turbulência durante estes dias”, pronunciou-se em declarações aos jornalistas, ao início da noite, em Angra do Heroísmo.
“O país precisa muito de confiança, de credibilidade nas instituições, e era óbvio que Miguel Albuquerque não tinha condições para continuar. Só ele próprio e Luís Montenegro é que não perceberam a situação que existia”, continuou, acusando Albuquerque e Montenegro de aplicarem, nos últimos dias, “duplos critérios e critérios diferentes a situações semelhantes”, numa alusão à crise política precipitada pela demissão de António Costa e que levou Marcelo Rebelo de Sousa a convocar eleições antecipadas.
Miguel Albuquerque confirmou a renúncia à presidência do Governo Regional da Madeira esta tarde, tendo adiantado que, na segunda-feira, o conselho regional do PSD Madeira será convocado para aprovar o nome da pessoa que vai passar a liderar o executivo madeirense.