O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, voltou a reforçar a necessidade de se “continuar a dialogar”, e alertou para a necessidade de se “ultrapassar este impasse” político na Região que “não serve ninguém, muito menos a população”.
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, mostrou, na passada terça-feira, esperança no bom senso dos partidos nas negociações que existem com o executivo para se encontrar uma solução que permita aprovar o Programa de Governo e o Orçamento para a Região, embora tenha afirmado que nesta altura “não existe acordo”.
Esta quarta-feira e quinta-feira prosseguem as negociações entre Governo e partidos relativamente ao Programa de Governo, depois do presidente do executivo ter retirado o documento, a 19 de junho, da votação no parlamento que estava marcada para 20 de junho.
Albuquerque sublinhou que se vai manter o “diálogo” com as forças políticas.
PSD e CDS-PP, que têm acordo parlamentar, Chega, Iniciativa Liberal, e PAN aceitaram reunir-se com o executivo para negociar um novo Programa de Governo, enquanto que PS e Juntos pelo Povo (JPP), que após as eleições de 26 de maio, apresentaram uma solução de Governo, que exclui o PSD, decidiram não participar nas negociações com o executivo.
Albuquerque voltou a reforçar a necessidade de se “continuar a dialogar”, e alertou para a necessidade de se “ultrapassar este impasse” que “não serve ninguém, muito menos a população”.
Nesta fase, referiu Albuquerque, “não há nenhuma conclusão, não há nenhum acordo”, mas sim a continuação de negociações entre o executivo e os partidos.
Os partidos reuniram com o Governo na passada segunda-feira.
O PSD, que conta com o apoio parlamentar do CDS-PP, necessita de mais três deputados para conseguir ter o seu programa de Governo aprovado pelo parlamento. Com a exclusão do PS e JPP, Albuquerque necessita dos quatro deputados do Chega para ter o programa viabilizado pela Assembleia Regional.
Apesar de Chega, Iniciativa Liberal, e PAN, terem mostrado na segunda-feira disponibilidade para o diálogo com o executivo, o Chega continua a defender a saída de Albuquerque da presidência do executivo madeirense.
O parlamento da Madeira é constituído por 19 deputados do PSD, 11 do PS, nove do JPP, quatro do Chega, dois do CDS-PP, um da Iniciativa Liberal, e uma deputada do PAN.