Madeira: PS acusa Miguel Albuquerque de querer fazer dos madeirenses “tolos”

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O PS voltou a defender que o PSD “não tem legitimidade” para continuar a governar a Região e que devem existir eleições antecipadas. Para Cafôfo, a crise política na Madeira “não ficou resolvida” com as legislativas realizadas a 10 de março, nem os resultados do ato eleitoral “legitimaram” o executivo regional PSD/CDS-PP.

O líder do PS Madeira, Paulo Cafôfo, acusou esta quarta-feira o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, de querer fazer dos madeirenses e porto-santenses “tolos”. O dirigente socialista voltou a defender que o PSD “não tem legitimidade” para continuar a governar a Região e que devem existir eleições antecipadas.

Para Cafôfo a crise política na Madeira “não ficou resolvida” com as legislativas realizadas a 10 de março, nem os resultados do ato eleitoral “legitimaram” o executivo regional PSD/CDS-PP.

Nas legislativas a AD (PSD/CDS-PP/PPM) venceu em votos e mandatos e na Madeira foi a coligação PSD/CDS-PP que triunfou em termos de votos e mandatos, mantendo os três deputados, enquanto que o PS perdeu um mandato e o Chega elegeu um deputado, uma estreia pelo círculo eleitoral da Região.

“A cúpula do PPD-PSD continua a ter de prestar contas na Justiça e, de Miguel Albuquerque, continuamos à espera que peça o levantamento da imunidade, como prometeu aos madeirenses e porto-santenses. O que teme Miguel Albuquerque? De que tem medo?”, questionou o dirigente socialista.

O líder do PS Madeira referiu que existe um processo judicial “em curso que ainda agora começou, que está muito longe de terminar e que as legislativas nacionais não apagaram”, o qual envolve Miguel Albuquerque e Pedro Calado, que “continuam a ter de responder na Justiça por crimes de corrupção”.

Cafôfo sublinhou que as legislativas, de 10 de março, elegeram o próximo Governo nacional e “não deram um voto de confiança ao PSD e a Miguel Albuquerque”.

O socialista lembrou também o que disse Albuquerque sobre António Costa, quando disse que “com o ministro arguido e com o próprio chefe de gabinete detido, para o primeiro-ministro tornava-se muito difícil continuar a governar”. Cafôfo criticou a “dualidade de critérios” de Miguel Albuquerque, quando defendia que António Costa “não tinha condições para governar” quando não foi constituído arguido, e que depois nas buscas realizadas a 24 de janeiro já não vê a sua própria condição de arguido “como um problema” para continuar a liderar um partido.

“Miguel Albuquerque é arguido, suspeito de crimes de corrupção. Miguel Albuquerque defende uma coisa e o seu contrário, consoante os seus interesses”, disse Cafôfo.

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