Maiores bancos fecham semestre com lucros acima de 2,6 mil milhões

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01 ago, 2024 - 16:56 • Sandra Afonso

Lucros da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Santander, Millennium BCP, Novo Banco e BPI aumentam 31% nos primeiros seis meses de 2024, face ao período homólogo.

Nos primeiros seis meses do ano, os cinco maiores bancos que operam em Portugal somaram mais de 2,6 mil milhões em lucros, o que representa um aumento de 31% face ao mesmo período do ano passado.

A principal justificação volta a ser a subida da margem financeira, ou seja, a diferença entre os juros cobrados pelos empréstimos e os que são pagos nos créditos. Os presidentes dos bancos referem que o pico já passou, mas a resistência ao corte dos juros continua a favorecer estes resultados. Nestes cinco bancos, aumentou mais de 530 milhões ou 12% até junho.

A Caixa Geral de Depósitos volta a liderar esta tabela. O banco estatal fechou o semestre com um lucro de 889 milhões de euros, ou seja, uma subida de 46% em termos homólogos. A margem financeira aumentou 8,3%, para 1.425,7 milhões de euros.

Entre os privados, o Santander Totta tem a maior fatia de lucro no primeiro semestre, com uma subida de 64%, ficou acima de 547 milhões de euros. Só a margem financeira cresceu 47%, para 862 milhões de euros.

É seguido pelo Millennium BCP, que viu o lucro aumentar quase15%, para 485,3 milhões de euros. A margem financeira subiu 1,7%, para 1.397 milhões de euros.

O Novo Banco até viu o resultado descer quase 1%, face ao período homólogo, ainda assim, fechou o semestre com um lucro de 370 milhões. O banco detido pelo fundo norte-americano Lone Star conseguiu aumentar em 13,5% a margem financeira, para 594 milhões de euros.

No final desta tabela está o BPI, com uma subida do lucro de mais de 27%, para 327 milhões até junho. A margem financeira do grupo espanhol Caixabank cresceu 12,11%.

O Banco Central Europeu (BCE) começou a subir as taxas de juro em meados de 2022, em resposta à subida da inflação, para máximos históricos. Desde então, só cortou uma vez as taxas diretoras, em junho deste ano, em 25 pontos base.

Christine Lagarde não antecipa quando será decidido um novo corte, a presidente do BCE diz apenas que as futuras alterações estarão dependentes dos dados disponíveis.

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