Mais de 200 mil pessoas recorreram às urgências por acidentes em casa

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Os dados são compilados pelo sistema de Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes (Evita), que regista os episódios de acidentes domésticos e de lazer que chegam aos serviços de urgência dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Segundo um relatório publicado hoje pelo INSA, dos 218.657 casos registados em 2022 os homens foram mais afetados por acidentes (50,6%) que as mulheres (49,4%),

De acordo com os mesmos dados, o maior pico de procura pelas urgências foi registado nos meses de verão e maio foi o mês com mais procura, com 9,5% do total de casos.

A maior prevalência de acidentes domésticos e de lazer nos homens verificou-se entre os 0 e os 54 anos e nas mulheres foi acima dos 55 anos.

Dos acidentes registados em 2022, mais de metade ocorreu em casa (52,3%), 19% nas escolas, áreas institucionais e recintos públicos, 11,5% ao ar livre e 1,8% em áreas de diversão e entretenimento.

Segundo o Insa, grande parte dos casos reportados (49,2%) tinham a atividade no momento do acidente registada como 'desconhecida', seguida pelas categorias 'atividade doméstica' (10,3%) e 'lazer' (13,3%).

Os acidentes de lazer foram mais frequentes nos homens (59,4%) e mais comuns dos 0 aos 54 anos.

Entre as causas os que mais contribuíram para o número de acidentes registados estão as quedas, representando 68,7% do total de casos, seguindo-se o contacto com pessoas, animais e objetos, com cerca de 13%.

Os dados do Insa revelam ainda que 56,2% dos casos registados foram 'contusão/hematoma', seguindo-se 'feridas abertas' (19,1% do total) ", enquanto 'queimaduras' estiveram na origem de 0,9% dos casos registados.

O sistema Evita, coordenado pelo Insa desde 2000, com a colaboração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, monitoriza os acidentes domésticos e de lazer registados no SNS, sendo considerados todos os acidentes que não sejam de viação, trabalho, violência ou ocorrência causada por doença.

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