Mais de 200 socorristas participam em operação de resgate de 13 mineiros na Rússia

6 meses atrás 49

A operação de resgate de 13 mineiros presos há três dias no fundo de uma mina de ouro na região de Amur, no extremo oriente da Rússia, envolve hoje mais de 200 socorristas.

"As operações de resgate continuam", escreveu o governador regional Vasily Orlov, na rede social Telegram, saudando o facto de ter cessado o afluxo de águas subterrâneas para a mina, que complicou a intervenção dos socorristas.

"A situação continua difícil, mas controlável", garantiu um alto funcionário do Ministério de Situações de Emergência da Rússia, Nikolai Medvedev, a partir do local do acidente, num vídeo transmitido pelo governo da região de Amur.

O acidente ocorreu a meio do dia de segunda-feira, bloqueando os trabalhadores da escavação de túneis a uma profundidade de cerca de 125 metros. Esta mina de ouro, chamada "Pioneer", está localizada numa região relativamente remota.

Os trabalhos de perfuração na área onde se acredita que os mineiros estejam presos começaram na quarta-feira. Deverão ser feitos dois furos na mina: um para ter acesso ao suposto local onde os mineiros estão agora isolados e outro para dar às equipas de resgate a oportunidade de determinar melhor a situação no interior.

Novos equipamentos de perfuração de "alta precisão" devem ser transportados para a mina durante o dia de hoje, informou em comunicado o Ministério de Situações de Emergência, que já enviou 220 socorristas ao local.

Os especialistas "trabalham 24 horas por dia" para salvar os mineiros, informou o ministério, acrescentando que prestaram assistência psicológica aos familiares.

O ritmo de perfuração é, no entanto, de 100 metros por dia, o que só permite chegar aos mineiros no prazo de dois a três dias, explicou na quarta-feira o governo da região de Amur, citado pela agência de notícias Ria Novosti.

Uma estrutura de betão também deverá ser construída para proteger as equipes de resgate de um eventual segundo deslizamento de terra.

Os acidentes em minas na Rússia, tal como noutras partes da ex-URSS, continuam a ser frequentes, sobretudo associados à negligência na aplicação das disposições regulamentares, à má gestão, à corrupção ou ao uso de equipamentos obsoletos.

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