Mali, Namíbia e África do Sul aproveitam «pactos de não agressão» e avançam no CAN

Dois nulos em dois jogos que deixaram muito a desejar ao nível de qualidade ditaram o fim das contas no grupo E do CAN, com o Mali, África do Sul e Namíbia (como um dos melhores 3ºs classificados e pela primeira vez na sua história) a qualificarem-se para a fase a eliminar da prova.

Com a fase de grupos do CAN a caminhar para o fim, esta quarta-feira à tarde era a vez do grupo E entrar em ação, onde três seleções ainda tinham as contas da qualificação para a fase a eliminar em aberto, sendo que duas se defrontavam.

Em San Pédro, Namíbia e Mali, que lutavam pelos dois primeiros lugares, encontravam-se e sabiam ambas que uma vitória dava a qualificação em 1º lugar. A Namíbia entrou bem e ativa com bola, mas o Mali rapidamente passou a gerir a posse de bola, embora aina tenha visto Hanamub acertar no poste. Contudo, a verdade é que as duas seleções pareciam ter abraçado um pacto de não agressão entre si, tornando a 1ª parte, de forma geral, bastante calma e até massuda.

Este era, no entanto, um resultado algo perigoso, uma vez que bastava um golo no jogo entre África do Sul e Tunísia para tudo mudar (estavam também empatados a zero ao intervalo). Perante isto, a Namíbia cresceu após o intervalo, foi tendo um pouco mais bola e foi sendo mais vertical, mas as paragens constantes, com muitas faltas desnecessárias, não ajudavam e as melhorias não foram assim tão nítidas.

Isso levou a que, com o aproximar do final do jogo, a Namíbia aceitasse o resultado, percebendo que um empate podia chegar para ser, pelo menos, um dos 3ºs melhores classificados e, assim, avançar. O Mali ainda ameaçou nos descontos, mas a verdade é que nada alterou o nulo e o «pacto de não agressão» acabou por resultar, uma vez que o também 0-0, entre África do Sul e Tunísia, ditou a qualificação do Mali, sul-africanos e Namíbia (como um dos melhores 3ºs).