Manual de como abater a Pantera

7 meses atrás 68

Regresso às boas exibições do SC Braga. Na partida de encerramento da ronda 23 da Liga Betclic, os minhotos souberam lidar com um Boavista abnegado e organizado na primeira meia hora e embalaram para uma vitória sólida num terreno tradicionalmente difícil (0-4). Bozeník esteve prestes a causar tremor, mas a ficha limpa voltou a ser a realidade na baliza de Matheus, com os Gverreiros a exibirem um manual prático de como abater a Pantera.

A meteorologia antecipava frio e este fez-se sentir, fora e dentro das quatro linhas. A destoar desta condição quase polar, as claques das duas equipas deram vida, com a voz bem aquecida, a um desafio bem organizado de parte a parte, mas com poucos rasgos de brilhantismo na reta inicial.

Com as inclusões de Bruno Onyemaechi - surgiu uns metros à frente de Filipe Ferreira -  e Joe Mendes - desta vez na lateral esquerda arsenalista - como destaques de proa, cedo se percebeu que os do Bessa não teriam problemas em atacar, com o critério exigido, a baliza de Matheus, ainda que as incursões apenas se resumissem a um par de aproximações prometedoras até perto da meia hora.

Além do espetáculo sonoro, a claque axadrezada contestou Vítor Murta e... espicaçou os minhotos @zerozero

Naturalmente e mesmo que a viver uma fase menos fulgurante, os Gverreiros do Minho instalaram-se perto da área axadrezada, sempre com muito jogo exterior e sem muito «alimento» para Banza e Abel Ruiz. Roger teve nos pés a melhor situação dos minhotos nesse período, valendo a atenção de João Gonçalves a limpar o perigo com uma estirada ao ângulo. 

Pedia-se mais rasgo e uma dose acrescida de espetacularidade que fizesse jus aos bravos que iam dotando o espetáculo a partir de fora e esse desejo foi mesmo cumprido. Bozeník até adiantou o Boavista num carrinho perfeito ao cruzamento de Salvador Agra, mas a desilusão surgiu, logo a seguir, com o confirmar da posição irregular do internacional eslovaco.

Do susto à tranquilidade

O susto fez o Braga despertar a sua qualidade ofensiva e, num ápice, colocou-se em posição avantajada. Em menos de cinco minutos, Banza mostrou a frieza do costume na cara de João Gonçalves, depois de um sprint inebriante, com Abel Ruiz a dilatar a contenda, numa finalização de classe tão elevada como a do passe picado de Ricardo Horta. Dois duros golpes no cariz compacto dos axadrezados...

Algo que se viria a agudizar nos segundos 45'. Confortável na liderança do placard, os arsenalistas geriram com maior ou menor domínio e Banza desferiu nova estocada na Pantera, beneficiando de uma entrada repleta de serviço - cumpria os primeiros dois minutos em campo - de Cristián Borja.

No que havia para se jogar, Ricardo Paiva fez entrar Chidozie para o lugar de Filipe Ferreira e compôs uma linha defensiva a cinco, a fim de estancar as infiltrações que se iam adensando com o passar dos minutos. Joel Silva ainda esteve perto de amenizar o descalabro numeral que se começava a sentir, só que, Zalazar voltou aos golos e fechou as contas à boleia de um belo tiro cruzado.

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