Mapfre prevê crescimento médio de 6% no Plano Estratégico de 2024-2026

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Foi também aprovada a distribuição de um dividendo total de 0,15 euros por ação, sendo que uma parte desse dividendos já foi paga em novembro (0,06 euros) e a AG aprovou o dividendo complementar de 0,09 euros brutos por ação.

Realizou-se esta sexta-feira em Madrid a Assembleia Geral de acionistas da Mapfre que aprovou, entre outras deliberações, as contas de 2023, as primeiras relatadas sob a égide das novas regras de contabilidade internacionais IFRS 17 e IFRS 9.

De acordo com estas novas regras contabilísticas o lucro em 2023 somou 677 milhões de euros (em vez dos reportados 692 milhões).

Foi também aprovada a distribuição de um dividendo total de 0,15 euros por ação, sendo que uma parte desse dividendos já foi paga em novembro (0,06 euros) e a AG aprovou o dividendo complementar de 0,09 euros brutos por ação, o que traduz um aumento de 5,9% face ao ano anterior.

Dos lucros de 677 milhões a Mapfre distribui aos acionistas 462 milhões de euros.

A Mapfre é detida em 69,8% pela Fundación Mapfre e há 30,2% de freefloat, dos quais 16,6% são investidores institucionais.

No decurso da AG o presidente do grupo Mapfre, António Huertas, apresentou o plano estratégico para o triénio de 2024-2026.

O Plano tem como metas crescer, pelo menos 6% em média, em receitas nos próximos três anos ultrapassando 32 mil milhões de euros em prémios no fim do triénio. Estas são metas do grupo segurador que tem subsidiárias em 26 países.

A Mapfre quer alcançar uma rentabilidade dos capitais próprios (ROE) médio, sob os novos critérios contabilísticos IFRS, entre 10% e 11%, sendo os 11% a meta aspiracional para 2026.

Outro objetivo passa por estabelecer um “índice combinado, numa média de entre 95% e 96%, com o objetivo aspiracional de atingir 95% no final de 2026”, refere a Mapfre.

A companhia pretende aumentar para 15 o número de países com pegadaa de carbono neutralizada.

O grupo Mapfre estipulou no plano contar com, pelo menos, 95% da carteira total de investimentos avaliada com critérios ESG.

Aumentar, no mínimo, para 34% a percentagem de mulheres executivas em 2024, com o objetivo de aumentar um ponto percentuala cada ano.

Para atingir estes objetivos a Mapfre assegura que não abdica  de continuar ativamente a procurar novos canais de distribuição em Espanha, Brasil, Estados Unidos, México e Alemanha, bem como vias complementares de crescimento no negócio de seguros de vida para compensar o portfólio do grupo, o que implica aumentare a importância da bancassurance na companhia.

António Huertas sublinhou a uma plateia de acionistas que “este novo ciclo implica mantero foco no crescimento e na melhoria dos resultados, e que os aspectos mais relevantes serão melhorar a eficiência e a competitividade nos seguros de automóveis; expandir a oferta de produtos de proteção e de poupança-reforma; reformular o modelo operativo no negócio das empresas e a oferta mais transversal; consolidar o excelente desenvolvimento técnico e comercial da unidade de resseguro; atualizar o apetite de risco, em função da rentabilidade, o crescimento potencial e a escalabilidade necessária para gerir com adequada eficiência e produtividade; reforçar mais o desenvolvimento das pessoas, apoiando mais a formação e o reforço do telento; e por fim impulsionar o aspecto cultural que diferencia a Mapfre com base no lema ‘somos e fazemos a Mapfre’.

A companhia reporta um rácio de solvência II de 198,1%.

O grupo revelou ainda que a Mapfre Asset Managment, liderada por Álvaro Anguita tem 53 mil milhões de euros de ativos sob gestão, sendo que a maior parte são ativos do grupo Mapfre e 10 mil milhões são fundos de investimento e fundos de pensões.

A carteira de investimentos e tesouraria da Mapfre soma 44.002 milhões dos quais 31.691 milhões são ativos de renda fixa (obrigações de empresas e títulos soberanos). A dívida pública na carteira soma 23.004 milhões.

*A jornalista viajou a convite da Mapfre

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