Marcelo acredita "até ao último segundo" que "vai haver Orçamento"

2 horas atrás 26

“Sobre o Orçamento já disse o que tinha a dizer e que se resume nisto: até ao último minuto, ou até ao último segundo, acredito que vai haver Orçamento”, começou por redarguir o chefe de Estado, questionado pelos jornalistas durante uma deslocação a Viseu.

Quanto a um eventual entendimento entre o Executivo da Aliança Democrática e o Chega de André Ventura, caso a negociação com os socialistas termine sem fumo branco, Marcelo respondeu: “Um Conselho de Estado serve para os conselheiros aconselharem o presidente e falarem entre si”.

“Portanto, no sentido de que o Conselho de Estado foi um passo importante para a exposição dos pontos de vista, para a compreensão dos pontos de vista e para, falando, as pessoas abrirem sempre alguns novos horizontes, o que isso significa ou não os protagonistas é que decidem”, acentuou.“Temos a noção de que o problema do Orçamento é para ser resolvido amanhã, senão hoje mesmo. Mas eu tenho a experiência da minha velhice que é haver orçamentos que são decididos no último minuto, no último segundo. Ora, o último minuto é no final de novembro”.

Quanto à recente avaliação do Fundo Monetário Internacional, que criticou a proposta do IRS Jovem e a descida do IRC, medidas sonantes na proposta de Orçamento do Estado do Governo de PSD e CDS-PP, Marcelo Rebelo de Sousa quis sublinhar que “a posição” da organização “é mista”.

“É mais pessimista quanto à baixa de certos impostos e é menos pessimista quanto à baixa de outros. É uma mistura que, se quiséssemos olhar do ponto de vista interno, agradaria a toda a gente”, acrescentou o presidente, que se escusou a pronunciar-se sobre medidas concretas do Orçamento.

“Trata-se de matéria que ainda vai ser debatida no Parlamento, vai ser debatida na generalidade. Se tudo correr bem, como espero, depois na especialidade”, enfatizou.

O presidente da República carregaria na ideia de que “até ao lavar dos cestos é vindima”, referindo-se à reunião desta quinta-feira entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro.

“A minha convicção é a de que vai haver Orçamento e que isso é bom para a estabilidade, é bom para a forma como de fora se olha para Portugal, é bom para as agências financeiras, é bom para as instituições europeias, num mundo em que todos os dias temos notícias de que está cada vez mais desarranjado”, insistiu.

“Agora é preciso esperar e ver. É preciso esperar. A espera e a paciência são grandes virtudes”, rematou o presidente, para repetir que “é na base” da expectativa de um entendimento que continua a trabalhar.

A uma semana da data limite para a entrega da proposta de Orçamento do Estado, primeiro-ministro e secretário-geral do PS voltam a reunir-se esta quinta-feira para tentar chegar a um acordo. Luís Montenegro prometeu apresentar uma “proposta irrecusável” aos socialistas.

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