Marcelo apela ao voto nas europeias. “Não votar é perder por falta de comparência"

3 meses atrás 91

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou este sábado ao voto nas eleições que se realizam este sábado, para escolher a “Europa que queremos para os próximos cinco anos”, referindo-se ao voto como uma “arma de liberdade e paz” que faz ainda mais sentido nos 50 anos do 25 de Abril.

Em Leiria, por ocasião das comemorações do 10 de Junho, Marcelo começou por destacar que este é um ato eleitoral “muito diferente” em relação ao de 2019.

“Não tínhamos vivido a pandemia e a crise económica e social que provocou. Não tínhamos vivido a guerra na Europa, nem mais outra crise que ainda não acabou - tal como não acabou a guerra”, começa por dizer.

O chefe de Estado destaca que este ano “vivemos e sabemos aquilo que não vivíamos e não sabíamos” há cinco anos, considerando que esta é a situação “mais grave” que a Europa viveu “nos últimos 30 anos”.

“No passado temos ligado de menos a estas eleições que, no entanto, sendo sobre a Europa, são também sobre Portugal, sobre nós próprios - a nossa democracia, as nossas condições de vida, a nossa circulação e as nossas comunidades na Europa.

Não esquecendo a guerra na Ucrânia, Marcelo fala ainda no seu impacto “nos preços, nos salários, no emprego e na incerteza sobre o futuro.

Não votar é metermos a cabeça na areia, é perdemos por falta de comparência. Esta é a vez de dizermos o que queremos, a vez de darmos mais força à Europa no mundo", afirma, lembrando que mais de 225 mil portugueses votaram antecipadamente e que é possível votar em cada mesa de voto do país em mobilidade.

"Vale a pena, desta vez e ainda mais do que nunca, mostrar que o voto é uma arma de liberdade, de democracia, de paz. Uma arma que não existia antes de 1974. Desperdiçá-la é desperdiçar uma oportunidade ainda mais única de construirmos o nosso futuro. usa-la neste momento, nos 50 anos do 25 de Abril, num momento crítico para a Europa e Portugal, é mais necessário e urgente que nunca", terminou.

Nas últimas eleições europeias foi registada uma abstenção recorde, de 69,3%, que foi também umas das mais altas em toda a Europa, apenas atrás de Croácia, República Checa, Eslovénia e Eslováquia.

Ler artigo completo