Maria da Graça Carmona e Costa. Marcelo recorda empenho da mecenas no mundo das artes

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O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa recordou o empenho no mundo das artes, em "exposições, edições ou bolsas", da galerista e mecenas Maria da Graça Carmona e Costa, que morreu hoje em Lisboa.

Numa nota de condolências publicada na página na Internet da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que Maria da Graça Carmona e Costa, estava ligada, desde os anos 70, ao mundo das artes e era "admiradora e amiga de artistas de diversas gerações".

"Filantropa, devemos-lhe, e à Fundação Carmona e Costa, exposições, edições, bolsas e outros inestimáveis exemplos de gosto e empenho, motivos pelos quais o Presidente da República lhe entregou em 2019 as insígnias de Comendadora da Ordem do Mérito", destacou ainda.

A colecionadora de arte Maria da Graça Carmona e Costa, uma das maiores mecenas privadas do país, morreu hoje, em Lisboa, cidade onde nasceu há 90 anos.

Em 2018, o Ministério da Cultura atribuiu-lhe a Medalha de Mérito Cultural, reconhecendo o "inestimável trabalho de uma vida dedicada ao fomento das artes visuais, da promoção e divulgação contínua dos artistas contemporâneos", ao longo de décadas.

Apaixonada pelas artes plásticas, Maria da Graça Carmona e Costa contactou, nos anos 1970, com destacadas personalidades da arte portuguesa como Almada Negreiros, José Augusto-França e o crítico Rui Mário Gonçalves, iniciando a sua atividade na Galeria Quadrum, em Lisboa, um dos espaços mais importantes das artes visuais desse período.

No final dos anos 1980, fundou o gabinete Giefarte, a que se sucedeu, em 1997, a Fundação Carmona e Costa, com a finalidade de dinamizar iniciativas de arte contemporânea portuguesa, como exposições, conferências, edição de livros e catálogos.

Em 2000, a fundação iniciou um programa de apoio à arte contemporânea em Portugal, promovendo a Bolsa Fulbright/Fundação Carmona e Costa e a Bolsa de Estudos destinada a alunos do Ar.Co -- Centro de Arte e Comunicação Visual de Lisboa.

Em outubro de 2023, o MAAT inaugurou a exposição "Álbum de Família -- Obras da Coleção Fundação Carmona e Costa", que pela primeira vez é apresentada ao público "de modo sistemático", com curadoria de João Pinharanda.

Organizada em três momentos, a primeira parte da mostra fica patente até 01 de abril, no MAAT. Na Fundação Carmona e Costa são apresentadas duas exposições sucessivas: a segunda, inaugurada em outubro de 2023, fica patente até ao final deste mês, e a terceira, de janeiro a março deste ano.

A coleção, indica a página `online` do MAAT, "dá conta não apenas do gosto pessoal mas também de parte significativa da própria história da arte portuguesa nas últimas décadas."

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