Gouveia e Melo quer a Marinha Portuguesa no topo da inovação. Garante que já dá cartas quando comparada com outros países aliados da NATO, mas quer apostar em mais investigação e mais conhecimento, como só as academias podem dar.
"Nós temos um triângulo de desenvolvimento que é unir a indústria, a academia e os utilizadores, que somos nós, a Marinha. E unir de forma inteligente este meio de forma a produzir mais tecnologia, mais capacitação e mais economia e simultaneamente mais defesa", explicou o almirante Gouveia e Melo, chefe do Estado-Maior da Armada.
Há vários projetos em curso, especialmente assentes na inteligência artificial, até para minimizar a falta de recurso humanos na Marinha.
"É sabido que nós estamos a sofrer muito com recursos humanos. No entanto, estamos a tentar encontrar estratégias para superar esse problema, porque a última coisa que queremos é ficar sentados a queixáramo-nos de problemas", diz o almirante Gouveia e Melo.
Aumentar a eficiência da armada portuguesa pode passar pela parceria com a universidade da Beira Interior (UBI).
"O nosso departamento de informática tem muitos investigadores que, de facto, desenvolvem bons trabalhos nesta área com muita aplicação e que pode ser utilizada no âmbito dos trabalhos da Marinha e foi por isso que esta reunião resultou (...)", conta Mário Raposo, reitor UBI.
Com quase 9.400 alunos, 400 investigadores em 18 unidades, esta é uma academia efervescente na Covilhã que pede ao Governo o fim do subfinanciamento.
Na Marinha, Gouveia e Melo reconhece que mais investimento também dava jeito, mas, para já, o trabalho em equipa em inteligência artificial é o único objetivo que passou a barreira da ficção científica.