O piloto espanhol Jorge Martín (Ducati) pode tornar-se este fim de semana o primeiro campeão mundial de MotoGP de uma equipa independente na história do Campeonato do Mundo de Velocidade de motociclismo.
Com 17 pontos de vantagem sobre o italiano numa altura em que estão em disputa 74, Jorge Martín precisa de somar pelo menos mais 21 do que Bagnaia no cômputo das duas corridas do fim de semana (sprint no sábado e corrida principal de domingo) para chegar à última ronda, em Valência, com pelo menos 38 pontos de avanço.
A corrida sprint vale 12 pontos ao vencedor e a principal 25 (num total de 37 pontos para o vencedor das duas).
O piloto madrileno tem, por isso, à sua disposição uma larga combinação de resultados, mas, na melhor das hipóteses, basta-lhe terminar atrás de "Pecco" Bagnaia na corrida sprint (independentemente do lugar) se vencer a corrida de domingo e o italiano não fizer melhor do que 14.º lugar.
A possibilidade de chuva - assim como as quedas - é sempre um fator a ter em conta na Malásia, que acolhe a corrida deste fim de semana, no circuito de Sepang.
Impetuoso e agressivo
Nascido em Madrid a 29 de janeiro de 1998, Jorge Martín estreou-se no Mundial de Velocidade em 2015, na categoria de Moto3, depois de ter dominado a Rookies Cup, uma categoria de iniciação.
Impetuoso e agressivo, é um dos mais rápidos do pelotão mas a fogosidade custa-lhe, regularmente, quedas e lesões. Foi o que aconteceu em 2018, ano em que foi campeão de Moto3, apesar de uma lesão a meio da temporada.
A passagem pela Moto2 serviu de trampolim para o MotoGP, onde chegou em 2021. No final de 2022 foi preterido a favor do italiano Enea Bastianini para um dos lugares na equipa oficial e isso deu-lhe mais motivação para ser o principal adversário de ‘Pecco’ Bagnaia na luta pelo título em 2023, que discutiu até à última prova.
Em 2024, tem-se apresentado mais forte, cometendo menos erros, mas voltou a ser preterido no salto para a equipa oficial, agora pelo compatriota Marc Márquez, pelo que optou pela Aprilia a partir de 2025. E quer levar consigo o número '1', de campeão.