O Fundo de Inovação Strive EU vai apoiar até 20 projetos de empresas de Estados-membros da União Europeia (UE) com uma verba que pode chegar aos 500 mil euros por projeto. A Mastercard alerta que PMEs familiares em Portugal podem ficar para trás em termos digitais.
A Mastercard anunciou em comunicado que esta terça-feira abriram candidaturas ao seu Fundo de Inovação Strive EU, uma nova iniciativa que tem o objetivo de impulsionar o desenvolvimento de soluções que ajudem as pequenas empresas europeias a serem bem-sucedidas na economia digital.
O Fundo de Inovação Strive EU vai apoiar até 20 projetos de empresas de Estados-membros da União Europeia (UE) com uma verba que pode chegar aos 500 mil euros por projeto. Além do financiamento, o Fundo Strive EU vai, ainda, providenciar assistência técnica e mentoria para o desenvolvimento dessas soluções, explica a Mastercard.
A propósito da abertura das candidaturas para o Strive EU, a country manager portuguesa Maria Antónia Saldanha destaca que “em Portugal temos empresas e startups com capacidades fantásticas nos domínios mencionados e por isso seria extremamente gratificante contar com a sua mobilização”.
“Ainda recentemente, num estudo que divulgámos, destacámos que cerca de 70% das pequenas e médias empresas familiares portuguesas sentem que não estão bem preparadas para operar na economia digital. Programas como o Strive EU podem ser a chave para desbloquear a transição que falta para prosperarem”, acrescenta a gestora portuguesa.
O Fundo de Inovação é a primeira iniciativa dedicada ao Strive EU, foi apresentado em novembro do ano passado no Parlamento Europeu e vai ser implementado pela Caribou Digital. O programa global Strive da Mastercard – apoiado pelo Centro da Mastercard para o Crescimento Inclusivo -, foi lançado em 2021 e integra um portfólio de iniciativas de filantropia com o objetivo de ajudar mais de 10 milhões de pequenas empresas em todo o mundo a prosperar na economia digital.
Segundo a empresa multinacional de meios de pagamento, as candidaturas estão abertas a empresas de todas as dimensões, desde startups até às mais estabelecidas, desde que promovam inovações que ajudem a comunidade de pequenas empresas europeias a obter crédito e capital de fundo de maneio através de finanças integradas; a criar uma digitalização segura, através do reforço da cibersegurança; a dar resposta às preferências dos consumidores e ao desenvolvimento regulamentar em curso com foco na sustentabilidade ambiental; e a aproveitar a inteligência artificial (IA) para economizar tempo e ganhar dinheiro.
Mark Barnett, Presidente da Mastercard Europe, destaca na nota, a propósito desta iniciativa, que “as pequenas empresas são a espinha dorsal da economia europeia e agora, mais do que nunca, é fundamental que recebam o apoio de que necessitam para aderir à economia digital. Estamos, por isso, muito entusiasmados por lançar as candidaturas a este Fundo de Inovação Strive EU e conhecer, nos próximos meses, projetos provenientes das mentes mais inovadoras da Europa”.
“Através do Strive EU, a Mastercard pretende reforçar a resiliência e o crescimento da comunidade de pequenas empresas europeias e apoiar novas inovações em toda a UE que ajudem estas empresas a obter capital, tornarem-se digitais e a ganharem redes e know-how”, explica a empresa em comunicado.
Desde que foi lançado, em 2021, o Strive UK já ajudou mais de 1 milhão de empreendedores a navegar na economia digital através de ferramentas, formação e mentoria.
Além do Fundo de Inovação, a Mastercard vai criar o Conselho Strive EU para Pequenas Empresas para fomentar a união do ecossistema empreendedor europeu e incentivar a colaboração. O Conselho será presidido por Mark Barnett e composto por 10 a 15 especialistas, além de entidades do setor privado e representantes de pequenas empresas, que serão anunciados no início de fevereiro.
“O Conselho Strive EU para Pequenas Empresas vai desempenhar um papel fundamental na seleção dos destinatários finais do Fundo de Inovação, incluindo o apoio aos vencedores com recursos em espécie e financeiros e mentoria ao longo da iniciativa.”, defende a empresa.
Mastercard alerta que PMEs familiares em Portugal podem ficar para trás em termos digitais
Segundo a empresa de pagamentos, apesar dos progressos impulsionados pela pandemia, “a maior parte das empresas familiares pode correr o risco de ficar para trás face às concorrentes não familiares. De acordo com o estudo, a cibersegurança (58%) e a privacidade (37%) são considerados os principais fatores impeditivos de uma maior transformação digital das PME familiares”.
Por outro lado, as barreiras à digitalização das PME familiares passam ainda pela incapacidade de convencer os membros da família a identificarem as soluções digitais mais adequadas à modernização da empresa, pela mentalidade fechada para adaptação aos novos tempos (31%), pela incerteza face ao futuro (29%). pelas preocupações financeiras (28%) e pela necessidade de formação (40%)., acrescenta a Mastercard.
Maria Antónia Saldanha, Country Manager da Mastercard em Portugal, salienta que “as pequenas empresas têm feito um esforço notável em tempos difíceis, mas precisam de mais ajuda para acompanhar os desafios desta nova economia. Incluindo para obterem maiores qualificações e terem acesso a ferramentas que proporcionem mais oportunidades de fazer crescer os seus negócios”.
A Country Manager para Portugal destaca que “a tecnologia desempenha um papel determinante nesta equação, para que possam surgir soluções inovadoras que tragam uma maior inclusão e é por isso que programas como o Strive são tão importantes.”
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