Médicos exigem resposta rápida para caos nas urgências

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Amadora-Sintra, Leiria, Lisboa e Matosinhos apresentavam esta sexta-feira situações de doentes com espera de várias horas.

João Saramago 09:34

O caos está de novo instalado nas urgências dos hospitais, com unidades a apresentarem tempos médios de espera de várias horas para casos urgentes. O Hospital de Santo André, em Leiria, apresentava ontem à tarde a situação mais complicada, com um tempo de espera de 15 horas para doentes muito urgentes (pulseira laranja).

No Amadora-Sintra os doentes com pulseira amarela aguardavam quatro horas e meia, quando o tempo recomendado é de 60 minutos. No São José (Lisboa) a espera foi de quase três horas e no Pedro Hispano (Matosinhos) cerca de duas horas e vinte minutos.

A presidente da Federação Nacional dos Médicos, Joana Bordalo e Sá, diz que a situação é complicada. “As urgências continuam caóticas, faltam médicos de família. Portanto, a Saúde não pode mesmo esperar”, disse, acrescentando: “Precisamos de respostas rápidas para o Serviço Nacional de Saúde, ainda por cima, já pouco falta para o verão.”

Joana Bordalo e Sá confirmou que já há médicos a entregar minutas de recusa do trabalho extraordinário. “Há médicos que estão a cumprir com o dever de não fazer mais do que 150 horas extraordinárias”, adiantou, salientando, à saída da reunião no Ministério da Saúde, que “abril e maio são meses muito decisivos”.

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, recebeu esta sexta-feira as estruturas sindicais dos profissionais de saúde. O Sindicato Independente dos Médicos revelou que o protocolo para iniciar as negociações com o Governo será assinado no próximo mês.

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