Memórias de um Governo “Cansado” e “Arrogante” (Parte II)

8 meses atrás 64

A relação com o Presidente Soares, no final de mandato como primeiro-ministro, é o foco principal do artigo
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A relação com o Presidente Soares, no final de mandato como primeiro-ministro, é o foco principal do artigo

A relação com o Presidente Soares, no final de mandato como primeiro-ministro, é o foco principal do artigo

Cavaco Silva relembra, nesta segunda parte do artigo sobre os últimos anos do seu governo, de como o Presidente Mário Soares lhe fez oposição. Mas há uma frase famosa que gostaria de não lhe ter dito.

Na Parte I deste artigo, que publiquei na semana passada, demonstrei que a afirmação de afamados analistas e cronistas políticos da nossa praça de que, nos últimos dois anos da minha década como primeiro-ministro (1985-1995), o governo estava cansado, tinha sido por muitos erradamente interpretada.

Sou levado a crer que o mesmo aconteceu com a afirmação de que o governo fora arrogante, o que muitos interpretaram em sentido pejorativo, ao contrário do que era certamente a intenção dos afamados analistas. Em minha opinião, com a expressão “governo arrogante”, queriam certamente significar, tal como consta do Dicionário da Língua Portuguesa da Academia das Ciências, que o executivo revelara orgulho, não só pela obra realizada, mas também pela inteligência que demonstrara na resposta aos ataques políticos da oposição.

Nos meus últimos anos como primeiro-ministro, o governo enfrentou uma oposição bastante aguerrida por parte do PS, liderado por António Guterres, que, com algumas exceções, se situou dentro das regras do combate político em democracia.

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