Menos de 50% das startups portuguesas sobreviveram três anos após nascerem  

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INE revela esta quarta-feira que, em 2022, a proporção de empresas sobreviventes um ano após o nascimento fixou-se em 75,5% e as sobreviventes três anos depois de nascerem foram apenas 48,5%, menos 0,6 pontos percentuais do que no ano anterior.

A proporção de empresas portuguesas sobreviventes um ano após o nascimento fixou-se em 75,5% em 2022 as sobreviventes três anos depois de nascerem foram apenas 48,5%, menos 0,6 pontos percentuais (p.p.) do que no ano anterior, revelou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O relatório “Demografia de empresas” mostra que em 2022, das 1.453.728 empresas ativas em Portugal, 232.173 nasceram mesmo nesse ano, o que representou um crescimento significativo, a dois dígitos (+24,1%), em relação a 2021 e uma ultrapassagem dos valores pré-pandemia de Covid-19.

Apesar de terem morrido mais 5% de empresas, num total de 150.661 organizações, este acréscimo foi inferior ao dos nascimentos. As boas notícias não se ficam por aqui: essas novas empresas empregaram 265.507 pessoas e geraram 4,6 mil milhões de euros de volume de negócios em 2022, mais 21,7% e mais 45,9% em termos homólogos.

“Em termos líquidos, diferença entre os nascimentos e mortes, registou-se um saldo positivo no número de empresas, do pessoal ao serviço e do volume de negócios”, explica o organismo de estatística português, acrescentando ainda que o número de mortes de sociedades não financeiras baixou 19%, portanto a taxa de mortalidade fixou-se nos 4,1%, menos 1,2 p.p. comparativamente a 2021.

Gazelas aumentaram 10%

O número de sociedades não financeiras jovens de elevado crescimento, que são chamadas “gazelas”, aumentou 10,8% para 614 em 2022, contrariando a tendência de queda observada nos últimos anos (-3,8% em 2021 e -13,6% em 2020). “O conjunto das gazelas foi responsável por um VAB de 1.132 milhões de euros, mais 292 milhões de euros, correspondendo a 1,2% do total das sociedades não financeiras com dez ou mais pessoas remuneradas”, indicou o INE.

O ano de 2022 terminou com 5.635 sociedades de elevado crescimento (+5,3%).

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