Menos lucros e vendas para 2024: Starbucks no pior momento desde a pandemia

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A Starbucks, uma das maiores retalhistas de café a nível mundial, deve terminar o ano fiscal de 2024 com uma queda nos seus resultados, devido à fraca economia que se faz sentir no mundo, principalmente no mercado chinês e norte-americano, e ao elevado preço do café.

A retalhista e uma das maiores marcas de café a nível mundial, a Starbucks, apresentou as suas previsões de resultados para 2024, nas quais aponta para uma desaceleração nas vendas. De acordo com as estimativas, a empresa prevê uma descida de 3,2% nas vendas no quarto trimestre face ao trimestre homólogo, e uma queda de 7% nas vendas em lojas comparáveis.

Desta forma, a Starbucks aponta para que as vendas fiquem nos 9.074 milhões de dólares no quarto trimestre, quando o estimado era que atingissem os 9,36 mil milhões de dólares. No entanto, no total do ano, devem crescer apenas 0,6%, para 36.176,2 milhões de dólares.

As previsões da empresa apontam para uma queda acentuada nas vendas em lojas comparáveis quer nos Estados Unidos quer na China, com descidas de 6% e 14%, respetivamente.

O lucro ajustado por ação deve ficar nos 0,80 cêntimos, um valor que fica abaixo das estimativas, que apontavam para os 1,03 dólares. Já os dividendos trimestrais vão aumentar de 0,57 para 0,61 dólares por ação.

Perante estas estimativas, que marcam o pior desempenho da empresa desde a pandemia, a Starbucks suspendeu a publicação das orientações para 2025.

Segundo os analistas da XTB, os maus resultados estão associados “à subida dos preços do café, que tem provocado uma diminuição na base de clientes, principalmente nos Estados Unidos. Com o aumento do custo de vida, os consumidores norte-americanos estão a ajustar os seus hábitos de consumo, reduzindo as despesas e a procurar alternativas mais baratas”.

“Na China, o maior mercado externo da Starbucks, as vendas registaram uma descida ainda mais acentuada de 14%, devido à fragilidade do consumidor chinês, que está a adotar uma postura de poupança perante a atual incerteza económica. Além disso, a Starbucks enfrenta uma concorrência cada vez mais intensa, com a ascensão da Luckin Coffee”, referem os analistas.

O preço do café tem vindo a aumentar nos últimos tempos, fazendo com que se reduzissem as margens das cafetarias, incluindo da Starbucks. “Estas condições adversas no mercado culminaram numa queda de mais de 4% nas ações da Starbucks após o anúncio dos resultados preliminares”, declaram os analistas.

Relembre-se que no final do verão a empresa foi buscar o CEO da Chipotle, Brian Niccol, que assumiu funções na Starbucks a 9 de setembro. Esta mudança fez com que as ações da empresa disparassem mais de 20% em Wall Street. No total a empresa conta com 40 mil cafetarias por todo o mundo.

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