Foi um mercado de janeiro pobre no futebol europeu, o que se reflete nos valores das maiores transferências desta janela. É uma lista liderada por Vítor Roque, a promessa brasileira que rumou a Barcelona, e onde o benfiquista Marcos Leonardo entra no top 10 e o agora portista Otávio está entre os 20 mais caros deste período na Europa.
Depois de duas janelas de recordes no último inverno e no verão passado, impulsionadas pela Premier League, a contenção de gastos em Inglaterra traduziu-se este ano em valores globais bem menos volumosos. Se há um ano o Chelsea pagou 121 milhões por Enzo Fernández e mais 70 por Mudryk, enquanto houve ainda vários negócios acima dos 40 milhões de euros, este ano apenas um negócio chegou a este patamar.
Houve várias transferências relevantes, também em Inglaterra, por exemplo com a mudança de Kalvin Phillips para o West Ham ou de Broja para o Fulham de Marco Silva, mas muitas delas assentaram em empréstimos.
O campeonato brasileiro, onde a janela está ainda aberta, foi a principal origem dos jogadores mais valorizados nesta janela. Mas nos últimos anos o Brasil também se tornou comprador, inclusivamente junto de clubes europeus. Neste inverno, a contratação do extremo Luiz Henrique ao Betis, num negócio base de 16 milhões mas que tem várias cláusulas adicionais e pode atingir os 20 milhões, representa um recorde para o futebol brasileiro.
Perante a tendência geral de contenção, a contratação de Marcos Leonardo pelo Benfica, por 18 milhões de euros, está entre as mais avultadas deste inverno. E mesmo Otávio, num negócio entre FC Porto e Famalicão que valeu 12 milhões de euros pela aquisição de 80 por cento do passe do central, figura entre os jogadores mais caros da janela.