Migrações. Três crianças morrem em naufrágio na costa da Grécia

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"São três raparigas de 5, 7 e 10 anos", disse a guarda costeira à agência de notícias AFP, acrescentando que a mãe havia reportado o desaparecimento das crianças após o naufrágio do barco, no qual viajavam com outros migrantes.

As três crianças foram encontradas mortas numa costa rochosa e pouco acessível a noroeste da ilha de Chios.

Está em curso uma grande operação de resgate para encontrar outras possíveis vítimas desse naufrágio, de acordo com a guarda costeira da Grécia.

Até ao momento, dezanove migrantes foram resgatados, incluindo oito menores e a mãe das raparigas mortas, disse a mesma fonte.

Segundo o canal de televisão público grego Ert, na embarcação estavam 27 passageiros, principalmente refugiados afegãos.

A guarda costeira grega ressalvou que o número de pessoas a bordo do barco -- que transportava migrantes da costa turca, localizada a poucos quilómetros da Grécia - permanece "por enquanto incerto".

As autoridades gregas foram avisadas, segundo Ert, por três afegãos que estavam a bordo do barco e conseguiram nadar até à ilha de Chios durante a madrugada de hoje.

A polícia e os bombeiros também estão mobilizados para resgatar os sobreviventes e ajudar na busca por potenciais desaparecidos.

As ilhas do nordeste do Mar Egeu são uma das portas de entrada para os migrantes que procuram chegar à União Europeia (UE). Desde o início de 2024, foram registadas mais de 11.300 chegadas de migrantes às ilhas gregas, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Cerca de 45 mil requerentes de asilo chegaram à Grécia em 2023, a maioria desses em ilhas perto da costa turca. Segundo as Nações Unidas, esse foi o número mais elevado em quatro anos.

Em junho de 2023, um barco proveniente da Líbia virou e afundou na costa de Pilos, no Peloponeso, no sul da Grécia, provocando o afogamento de 82 pessoas e ainda centenas de desaparecidos.

Estão em curso diversas investigações para esclarecer as circunstâncias desse naufrágio e as responsabilidades da guarda costeira grega, acusada por alguns migrantes e organizações não-governamentais (ONG) de ter demorado a socorrer a embarcação.

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