O comício "Salve a Democracia" foi a primeira grande manifestação pública do bloco de oposição ÍNDIA contra a prisão do líder da oposição de Nova Deli, Arvind Kejriwal, em 21 de março, noticiou a agência Associated Press (AP).
Kejriwal foi preso pela Direção Federal de Execução, que é controlada pelo Governo de Modi, sob a acusação de que o seu partido e ministros de estado aceitaram mil milhões de rupias (cerca de 11 milhões de euros) em subornos de fornecedores de bebidas alcoólicas há quase dois anos.
O Partido Aam Aadmi, ou Partido do Homem Comum, negou as acusações e disse que Kejriwal permaneceria como ministro-chefe de Nova Deli enquanto o tribunal decide o próximo passo.
"Esta batalha visa salvaguardar a nação, a democracia, a Constituição, o futuro da nação, os jovens, os agricultores e as mulheres. Esta batalha é pela justiça e pela verdade", disse hoje aos jornalistas Deepender Singh Hooda, legislador do Partido do Congresso.
A prisão de Kejriwal é vista como um revés para o bloco de oposição, que é o principal adversário do Partido Bharatiya Janata (BJP) de Modi nas eleições que serão realizadas durante seis semanas a partir de 19 de abril.
Os líderes da oposição criticaram a detenção de Kejriwal, classificando-a como antidemocrática, e acusaram o BJP de usar a agência federal para uma série de detenções e investigações de corrupção contra figuras-chave da oposição.
O BJP nega ter como alvo a oposição e afirma que as agências responsáveis pela aplicação da lei agem de forma independente.
"Narendra Modi quer estrangular a democracia e tirar do povo a opção de escolher o Governo da sua escolha", escreveu numa rede social o líder da oposição Rahul Gandhi, do Partido do Congresso, que participou no comício de hoje.
Leia Também: Índia manifesta empenho no fortalecimento de relações com Ucrânia