Ministro israelita visita local sagrado para recusar Estado da Palestina

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A visita de Bem Gvir ao terceiro local mais importante para o Islão e o mais importante para o Judaísmo seguiu-se ao anúncio de Espanha, Irlanda e Noruega de que reconhecerão a Palestina em 28 de maio.

"Os países que reconheceram um Estado palestiniano esta manhã querem dar uma recompensa aos raptores de soldados nos postos de observação e aos seus muitos apoiantes em Gaza", disse Bem Gvir.

"Não permitiremos qualquer proposta que inclua sequer a declaração de um Estado palestiniano", acrescentou num vídeo gravado na Esplanada das Mesquitas que divulgou nas redes sociais, citado pela agência espanhola EFE.

O ministro supremacista judeu, que vive num colonato no território palestiniano ocupado da Cisjordânia, no passado, foi condenado por incitamento ao racismo, vandalismo e apoio a uma organização terrorista.

Esta é a primeira visita de Ben Gvir à Esplanada desde o ataque do Hamas contra território israelita em 07 de outubro, que desencadeou a guerra em curso entre Israel e o grupo extremista palestiniano na Faixa de Gaza.

Ben Gvir visitou a Esplanada das Mesquitas em janeiro, maio e julho de 2023, para irritação do Governo da Autoridade Nacional Palestiniana e do Hamas.

Desde 1967, altura em que Israel ocupou a parte oriental de Jerusalém, onde se situa a Esplanada, o local está reservado exclusivamente ao culto muçulmano e os judeus só podem entrar como visitantes.

Os judeus rezam no Muro das Lamentações, situado num dos lados da Esplanada das Mesquitas.

O ministro da coligação liderada por Ben Netanyahu insistiu na ideia de eliminar o Hamas através de "uma limpeza de raiz", numa operação no interior de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde Israel tem em curso uma ofensiva.

Bem Gvir defendeu também que a ajuda humanitária só deve entrar em Gaza em troca do regresso dos reféns que ainda estão nas mãos do Hamas.

O ataque do Hamas no sul de Israel causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, alguns dos quais continuam retidos em Gaza, segundo as autoridades israelitas.

A ofensiva de Israel em Gaza que se seguiu ao ataque provocou já mais de 35.600 mortos, de acordo com dados do Ministério da Saúde do Hamas.

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