Misericórdias poderiam garantir cinco vezes mais consultas fora do SNS. Governo tem resistido a reforçar cooperação

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Reportagem sobre a medida Via Verde, que permite aos utentes sem médico de família marcar de véspera, pelo telefone, uma consulta e serem atendidos por elementos de uma equipa composta por médicos, enfermeiros e assistentes, no Centro de Saúde de Corroios, em Almada, 26 de janeiro de 2023. (ACOMPANHA TEXTO DO DIA 06 FEVEREIRO 2023)  ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
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ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

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AD e IL querem contratar consultas nos setores privado e social. Misericórdias dizem ter capacidade para receber mais doentes, os privados não comentam. Nas cirurgias, os vales são pouco utilizados.

A Aliança Democrática e a Iniciativa Liberal propõem-se alargar a cooperação entre o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o setor social ao nível das consultas de especialidade e das consultas de Medicina Geral e Familiar. O objetivo é, por um lado, assegurar uma consulta sempre que o tempo máximo indicativo no SNS seja ultrapassado (o que acontece com frequência na maioria das especialidades médicas) e, por outro, dar uma resposta aos mais de 1,7 milhões de portugueses que não têm médico de família.

Mas terão os setores privado e social disponibilidade e capacidade para alargar a cooperação na área das consultas, como propõem estas duas forças políticas? Enquanto os quatro maiores grupos privados optam por não comentar o tema — num período de pré-campanha –, o setor social (que já tem, de resto, acordos de cooperação com o SNS, nas cirurgias) diz ter capacidade para alargar a colaboração com o setor público de forma significativa, mais do que quintuplicando o número anual de consultas contratualizadas com o Estado.

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