MNE chinês "aprecia" decisão de França de não reduzir comércio com China

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"Não é possível uma dissociação da China e a dissociação é o maior risco", afirmou Wang, numa conferência de imprensa conjunta, em Pequim.

"Penso que foi já provado, e continuará a ser provado, que a China é uma oportunidade e não um risco para a Europa", acrescentou. "Os dois lados são parceiros e não rivais".

A estratégia de reduzir riscos no comércio com a China foi inicialmente delineada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e, mais tarde, adotada pela Administração norte-americana. Em maio, o grupo G7, que reúne as principais economias ocidentais, vincou aquele objetivo num comunicado conjunto.

Trata-se de uma moderação da retórica anterior, que apontava para a completa "dissociação" face à China. As empresas ocidentais podem fazer negócios com o país asiático, mas com algumas salvaguardas: vetar a venda de tecnologias críticas com potenciais utilizações militares e reduzir dependências nas cadeias de abastecimento.

A visita de Séjourné tem como pano de fundo o 60.º aniversário das relações diplomáticas entre França e China e o recomeço das visitas oficiais desde o fim da pandemia da covid-19.

É a segunda vez em menos de seis meses que um ministro dos Negócios Estrangeiros francês visita a China, após a visita em novembro passado da antecessora de Séjourné, Catherine Colonna.

O Presidente francês Emmanuel Macron visitou a China em abril de 2023.

"Não é desejável dissociarmo-nos da China", ou seja, reduzir significativamente os laços económicos entre os dois países, afirmou Séjourné.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros francês apelou, no entanto, a um "reequilíbrio da economia", porque o comércio do país também "deve assentar numa base saudável e sustentável".

Stéphane Séjourné deve participar hoje no lançamento da exposição "Versalhes e a Cidade Proibida" na Cidade Proibida de Pequim, onde cerca de 60 obras de arte e objetos preciosos do Castelo de Versalhes estarão expostos ao público até ao final de junho.

"É a primeira vez" que obras do Castelo de Versalhes viajam desta forma para a Cidade Proibida, disse Marie-Laure de Rochebrune, curadora geral do Castelo de Versalhes, citada pela agência France Presse.

Vasos, objetos de porcelana, quadros ou leques, alguns dos quais presentes trocados entre os reis franceses e os imperadores chineses da época, mostram "a relação especial entre a China e a França que se desenvolveu na segunda metade do século XVII e se prolongou até ao final do século XVIII", afirmou.

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