Carlos Moedas (PSD) falava aos jornalistas após uma reunião com a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, onde diz que chamou a atenção da governante para aquilo que é necessário em termos de segurança para a cidade.
"A senhora ministra garantiu-me que vamos trabalhar em conjunto num plano de segurança para a cidade, com a senhora ministra, com o Governo, mas também com a autarquia, porque nós conhecemos, seja o policiamento de comunidade, seja o policiamento de proximidade, mas seja também esta visibilidade da polícia", afirmou.
O autarca disse ter recordado a Margarida Blasco que se vive um "momento difícil, com a perceção de que há menos segurança na cidade" e que é necessário mais policiamento.
Tal como já tinha pedido ao anterior Governo, Carlos Moedas lembrou que a cidade precisa de mais 200 polícias municipais e que, desses, só 25 tomaram posse há dias.
"É importante saber que sem polícias municipais, sem mais polícia municipal, não conseguimos fazer o nosso trabalho", disse Carlos Moedas, lembrando a necessidade de haver também mais Polícia de Segurança Pública (PSP) na rua.
O presidente disse ainda ter apresentado casos concretos à ministra, como a recente insegurança com roubos na Avenida da Liberdade, e lembrou ter lançado a ideia de uma esquadra na Praça da Alegria para Polícia Municipal e PSP.
"Se não há visibilidade, então as pessoas sentem que não estão acompanhadas", disse, acrescentando que lançou também a ideia dos guardas-noturnos à ministra.
Em relação aos dados do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) conhecidos hoje, que revelam o agravamento da ameaça ligada aos extremismos políticos, o autarca afirmou que se deve olhar para os dados "com serenidade".
"Lisboa continua a ser uma das cidades mais seguras do mundo. E isso é importante ter em mente, que somos uma cidade segura. Mas a segurança é algo que tem que se trabalhar todos os dias. É essa visibilidade, é essa presença da polícia, tudo isso é muito importante", afirmou.
"Agora, obviamente que o extremismo me preocupa", seja de direita, seja de esquerda, "porque o extremismo é sempre mau", acrescentou o autarca, salientando que a "polarização dos dois lados é muito grave para a sociedade".
"Exatamente por eu estar a ver essa polarização todos os dias na cidade é que eu sei que temos que fazer alguma coisa e temos que fazer já", frisou.
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