Não é possível criticar alguém por fazer uma coisa e voltar a criticá-lo por fazer o contrário. Depois de muitas hesitações e passos em falso, Pedro Nuno Santos decidiu pôr um ponto final na longa novela do Orçamento e fez bem em fazê-lo. Foi finalmente capaz de sair da caixa de ressonância que parecem constituir os seus conselheiros mais próximos e de ouvir o seu próprio partido. Num exercício derradeiro de contenção de danos, articulou por fim a sua posição com eloquência e racionalidade. Mais relevante do que tudo isto, poupou o país a uma crise política estéril e que ninguém conseguiria perceber. Para o futuro fica evidentemente por demonstrar se aprendeu em definitivo com os erros ou se a mudança é episódica, mas nem por isso o aplauso à decisão final é desmerecido.

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22 de Outubro de 2024

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