Moreira Rato: Para ser pública, CGD deve ter “outros objetivos estratégicos”

3 meses atrás 79

O presidente do Instituto Português de Corporate Governance considera que, “para que se justifique que a CGD seja pública, provavelmente, há que ter outros objetivos estratégicos que não um banco privado”.

João Moreira Rato, presidente do Instituto Português de Corporate Governance (IPCG), afirma, em entrevista ao “Jornal de Negócios” e à “Antena 1”, que se o Governo quiser tornar os depósitos mais atrativos e estimular a poupança pode recorrer à Caixa Geral de Depósitos para cumprir estes objetivos, frisando que para que o banco seja público deve ter outros objetivos estratégicos.

Questionado se os bancos estão a cumprir a sua função, o economista e ex-presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública afirmou que se “os bancos, se estivessem num ambiente salutar de concorrência, deviam estar a competir pelo aumento de taxas” nos depósitos.

“No caso português, ainda por cima temos um banco que é do Estado. Se há outros objetivos, além dos de mercado, que a sociedade pensa que vale a pena implementar, o banco do Estado estaria provavelmente em posição de o fazer”, referiu ainda, concluindo que “para que se justifique que a CGD seja pública, provavelmente, há que ter outros objetivos estratégicos que não um banco privado. Se o Governo pensa que se justificam outros objetivos, o Governo é o acionista da CGD e pode transmiti-lo à gestão”.

Ler artigo completo