As ações da empresa de construção portuguesa registaram a descida mais acentuada no principal índice da bolsa de Lisboa e este contrariou a tendência positiva que se viveu entre as mais importantes praças europeias.
A bolsa de Lisboa encerrou a semana a negociar em contraciclo com a maioria das principais bolsas europeias, penalizada pelas quedas da Mota-Engil e Galp.
O índice PSI recuou 0,62% e ficou-se pelos 6.673 pontos na sessão desta sexta-feira. A Mota-Engil protagonizou a descida mais acentuada, na ordem de 2,27%, até aos 2,586 euros por ação. Seguiu-se a Galp, ao perder 1,66%, para os 16,55 euros, ao passo que a Jerónimo Martins derrapou 1,45%, até aos 16,95 euros.
Em sentido contrário, os títulos da Semapa foram os que mais valorizaram, em 0,82%, até aos 14,82 euros.
Entre os mais importantes índices europeus, o Euro Stoxx 50 registou um avanço de 0,77% e liderou o sentimento. Mais atrás, houve subidas de 0,45% em Itália, 0,39% em França, 0,33% na Alemanha e 0,16% em Espanha. O Reino Unido fugiu à regra, com o principal índice a resvalar 0,34%.
Nas commodities, regista-se um recuo de 2,11% nos futuros do barril de Brent, para 72,88 dólares, ao mesmo tempo que o crude perde 2,25% e fica-se pelos 69,08 euros nas negociações.
No mercado cambial, o euro avança 0,21% face ao dólar, de tal modo que um euro está a ser negociado por 1,0854 dólares.
“A maioria dos principais índices de ações europeus encerrou em alta esta sexta-feira, animados por novos detalhes sobre estímulos na China, que puxaram especialmente por setores de recursos naturais, bens de luxo e tecnológico”, de acordo com a análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.
“À hora de fecho das praças no velho continente o Nasdaq 100 era o mais entusiasmado, com destaque para o disparo da Netflix em reação a contas que superaram as expectativas em toda a linha”, pode ler-se.
“Em solo luso, o BCP valorizou após novo upgrade, mas as quedas na maioria das cotadas acabaram por travar o PSI, em especial as da Galp, que sentiu a descida dos preços do petróleo, e do grupo EDP, condicionado pelo ambiente no setor das utilities”, apontam os analistas.