Mulher ferida em duplo homicídio em Maputo fora de perigo

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A mulher ferida a tiro na emboscada em que foram assassinados dois apoiantes do candidato presidencial Venâncio Mondlane, em Maputo, está fora de perigo e deverá ter alta esta semana, disse hoje fonte do Hospital Central de Maputo.

"Desde a sua entrada tivemos atendimento de urgência, estabilizámos a paciente, mereceu o pronto-socorro. Atualmente se encontra estável, colaborante e consciente, então está fora de perigo e ainda está internada num dos serviços do hospital central", disse Dino Lopes, diretor do Serviço de Urgência de Adulto no Hospital Central de Maputo (HCM), durante uma conferência de imprensa.

Questionado pelos jornalistas, o médico avançou que a mulher poderá ter alta hospitalar "dentro desta semana".

Elvino Dias, advogado de Venâncio Mondlane, candidato às presidenciais no dia 09, e Paulo Guambe, mandatário do Podemos, partido que apoia Mondlane, foram mortos a tiro numa "emboscada" na sexta-feira, confirmou no sábado, à agência Lusa, a polícia moçambicana.

O crime aconteceu na avenida Joaquim Chissano, no centro da capital.

Após o duplo homicídio, Venâncio Mondlane, que contesta resultados preliminares das eleições, que não lhe dão a vitória, convocou a realização de marchas pacíficas em Moçambique, na segunda-feira, que foram dispersas com tiros para o ar e gás lacrimogéneo em Maputo.

Pelo menos 16 pessoas ficaram feridas durante os confrontos, cinco das quais ainda estão internadas no Hospital Central de Maputo (HCM).

"De uma forma geral, todos os cinco pacientes que foram internados estão colaborantes, estáveis e com níveis de consciência aceitável, no sentido de que eles comunicam devidamente, então estão fora de perigo", disse Dino Lopes, durante a mesma conferência de imprensa.

O candidato presidencial convocou as marchas no sábado, como forma de repúdio pelo homicídio de Elvino Dias e Paulo Guambe.

Mondlane classificou os líderes da polícia moçambicana como verdadeiros terroristas e prometeu continuar os protestos em mais três fases até à divulgação dos resultados finais das eleições pelo Conselho Constitucional.

A resposta policial às manifestações foi condenada pela comunidade internacional e houve vários apelos à contenção de ambas as partes, nomeadamente de Portugal, da União Europeia e da União Africana.

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