A estreia nos álbuns de Edmundo Inácio, que em 2023 ficou em segundo lugar no Festival da Canção, e da cantora-compositora Silly são dois dos destaques desta sexta-feira.
“Vai-se Andando?”, primeiro longa-duração de Edmundo Inácio, pretende apresentar uma “abordagem plural e visionária” da música tradicional portuguesa, abordando questões “que urgem ser discutidas”.
"Este álbum é mais do que apenas música; é uma expressão da nossa identidade cultural e uma plataforma para abordar questões sociais que são importantes para mim e para a comunidade” , afirma o artista.
No alinhamento de “Vai-se Andando?” encontra-se ‘A Festa’, que Edmundo Inácio levou ao Festival da Canção em 2023, mas também ‘Agora Vira’, ‘Josézito’ ou ‘Minha Mãe’, que o autor descreve como “uma homenagem ao colo maternal”.
O disco será apresentado a 10 de fevereiro na Casa da Música, no Porto; a 17 no Centro de Artes de Águeda; a 21 no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e a 2 de março em Portimão, cidade natal do músico.
Nome artístico de Maria Miguel Bentes, Silly lança também hoje o seu primeiro álbum. Três anos depois do primeiro EP, “Viver Sensivelmente”, a artista açoriana, que se mudou para Serpa e agora vive em Lisboa, chamou a este disco “Miguela”, o nome que a sua mãe gostaria de lhe ter dado.
O trabalho, que tem produção de Fred Ferreira e é influenciado pela pop intimista, pelo R&B atmosférico e pelo hip-hop, será apresentado no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a 10 de fevereiro.
Dua Lipa, Green Day, Dino D'Santiago, IDLES
Com disco novo prometido para breve, Hélio Morais lança hoje uma nova canção. ‘Voltas e Voltas e Voltas’ é a segunda amostra do álbum a solo do músico conhecido pelo trabalho nos Linda Martini e PAUS.
"Este tema é sobre um sentimento de impotência para se sair de onde não se deveria ter estado alguma vez. É sobre quão difícil pode ser quando, conseguindo sair, não se ver horizonte, não se ver um porto seguro. E volta-se atrás. E vive-se tudo de novo, porque nos achamos incapazes de ocupar outro lugar. Mas somos e é importante acreditar-se nisso, para se conseguir sair”, escreveu Hélio Morais sobre este tema.
“Pisaduras”, o álbum, sai a 27 de fevereiro e foi gravado entre Lisboa, Pernambuco e São Paulo, com músicos portugueses e brasileiros. Será apresentado no CCb, em Lisboa, a 9 de março.
Linda Martini, Dezembro 2006
Rita Carmo
Também com música nova estão os Cassete Pirata. ‘Tens o Meu Coração’ é o terceiro single de “A Família”, álbum que deverá sair em maio e será antecipado no concerto no Teatro Joaquim Benite, em Almada, no próximo sábado, 10 de fevereiro.
Segundo Pior, vocalista, letrista e compositor da banda, a nova canção “fala sobre aceitarmos as duas partes, sem vergonha, sem moralização. A mais doce – que pode trazer amor e segurança - e a mais negra, e o seu potencial destrutivo para com quem nos ama. Saber pedir ajuda, mas também saber delimitar o nosso espaço para que, sozinhos, consigamos resolver as nossas aventuras interiores.”
O vídeo é de Martim Torres.
Internacionalmente, destaque para o regresso de Brittany Howard, dos Alabama Shakes, aos álbuns a solo. “What Now” sucede a “Jaime”, de 2019, e foi produzido pela própria cantora-compositora.
Também Helado Negro, nome artístico do norte-americano de origem equatoriana Roberto Carlos Langue, está de volta, com “Phasor”, álbum descrito como “profundo, atmosférico e meticulosamente executado. É um disco sobre voltar à vida, de quando nos lembramos como é bom sentir o sol aquecer-nos a pele”.
Acarinhada em Portugal, onde já atuou várias vezes, a norte-americana Chelsea Wolfe lança hoje o seu sétimo álbum, “She Reaches Out to She Reaches Out to She”, produzido por Dave Sitek, dos TV on the Radio. Sobre o single ‘Everything Turns Blue’, Chelsea Wolfe diz ser sobre “encontrarmo-nos novamente, depois de estarmos envolvidos numa relação tóxica durante muito tempo. Quando nos separamos de alguém após 10, 20 ou 30 anos, vamos passar por altos e baixos.”
Esta semana fica também marcada pela chegada de ‘Slide’, um novo tema de Branko, que conta com a participação do rapper de Londres Jay Prince, conhecido pelas colaborações com Tyler the Creator ou Mura Massa. “Soma”, o álbum novo de Branko, chega a 15 de março.
“A principal inspiração para o beat foi um género musical chamado “rasteirinha”, oriundo do Rio de Janeiro e com quase 10 anos de existência. Por isso, o timing não podia ser melhor para apresentar o ‘Slide’ ao mundo do que no fim-de-semana de Carnaval”, apresenta Branko. “A voz de Jay Prince marca ritmo e o talento dos músicos incríveis de Lisboa como João Gomes nas teclas, Djodje Almeida na guitarra, Iúri Oliveira na percussão e Francisco Rebelo no baixo são complementos que trazem o ADN de Lisboa ao tema.”
Joana Linda
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