“Na Casa Relvas somos uma mente inquieta”

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O compromisso com a qualidade é prioridade e visão para o negócio, garantida pelo processo de produção integrada, que concilia uma gestão racional da exploração e dos recursos naturais. Isso e a paixão de fazer acontecer vinhos que fiquem na memória. Furtando a expressão a Alexandre Relvas, “we can do it”.

Vinho e azeite fazem parte da história e das tradições do Alentejo. Na Casa Relvas esses dois produtos são a essência do seu projeto agrícola, a par da floresta. Mais recentemente, juntou-se um novo produto, a amêndoa, para diversificar riscos numa casa com 120 colaboradores fixos e dois polos de atividade, um no Redondo e outro na Vidigueira. Aqui, leva-se a sério os princípios que conduzem à sustentabilidade social e financeira, e trata-se o know-how adquirido com respeito, na busca contínua da expressão máxima de um terroir, mantendo métodos ancestrais de cultivo e de produção. Alexandre Relvas, filho, juntamente com o irmão António, representa a geração que dá asas ao nome Casa Relvas.

A Casa Relvas agrega várias atividades. Pode dar-nos mais detalhes?
Quando falo em Casa Relvas refiro-me a uma marca umbrella de uma série de empresas e que, hoje em dia, no setor agrícola, está presente em quatro atividades diferentes: vinha, olival, floresta e amêndoas. Na parte da transformação, temos duas adegas e um lagar. Numa das adegas, temos uma unidade de embalamento e de engarrafamento do vinho. No lagar, também temos capacidade de encher, mas enchemos pouco – o azeite é um negócio muito diferente do vinho, embora se pense, muitas vezes que não. E no que respeita às amêndoas, vamos ter a primeira colheita, ou campanha, este ano.

Porquê apostar na amêndoa?
Foi um pouco para dispersar riscos – uma vez que tínhamos só olival e vinha. A amêndoa é uma cultura que, primeiro, se dá bem no nosso clima e nos nossos solos, e, depois, porque o produtor-líder no mundo é a Califórnia [EUA], que tem custos de produção muito mais altos do que nós e são eles que mandam no preço, se quiser, da bolsa da amêndoa. Portanto, é uma cultura em que estamos protegidos e que é muito nova no Alentejo, por isso estamos todos em aprendizagem. É muito sensível às geadas, por exemplo. Mas, acreditamos, é uma cultura que complementa bem as outras.

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