“Como acabei de dizer ao primeiro-ministro israelita, é hora de concluir este acordo”
, afirmou em declarações aos jornalistas."Não podemos desviar o olhar face a estas tragédias [em Gaza]. Não podemos ficar dormentes e insensíveis ao sofrimento".
Foto: Roberto Schmidt - AFP
A ainda vice-presidente de Biden terá pressionado Benjamin Netanyahu sobre a “terrível” situação humanitária em Gaza. As palavras de Kamala foram analisadas até à exaustão para encontrar sinais de mudança em relação à estratégia seguida pelo atual presidente norte-americano. “O que aconteceu em Gaza nos últimos nove meses é
devastador. As imagens de crianças mortas e de pessoas desesperadas e
famintas fugindo em busca de segurança, às vezes deslocadas pela
segunda, terceira ou quarta vez”.
As palavras de Kamala Harris - o tom utilizado - antecipam um eventual afastamento de Biden na forma como se relaciona com Netanyahu. Sendo certo que o facto de ter dito em público o que disse ao primeiro-ministro de Israel também é sublinhado pelos analistas.
Para além de afirmar que o que Gaza tem vivido “nos últimos nove meses é devastador“, Kamala recordou também ter plantado árvores para Israel quando era criança e reafirmou que sempre defendeu um “compromisso inabalável com a existência do Estado de Israel”.
No entanto, se Israel tem direito a defender-se, “a forma como o faz é importante”.
E Trump?
O ex-presidente e candidato presidencial republicano encontra-se, esta sexta-feira, com Netanyahu e, ao anunciar a reunião com o líder israelita, sublinhou a boa relação entre ambos.
“Durante o meu primeiro mandato, desfrutámos da paz e da estabilidade na região (...) e vamos voltar a desfrutá-la”, afirmou.
Palavras que Netanyahu retribuiu durante o discurso no Congresso: “Gostaria de agradecer ao presidente Trump por tudo o que fez por Israel”.