«Não sou palhaço»: Quintero recorda ´era NES´ nos tempos FC Porto

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Longe vão os tempos em que Juan Quintero chegou ao FC Porto rotulado de craque emergente do futebol mundial. O colombiano não conseguiu, no FC Porto, confirmar a sua qualidade com consistência e agora recordou a passagem pelo Dragão.

Em entrevista na Argentina, o atual jogador do Racing Club admite que a morte da avó, a meio da passagem pelos azuis e brancos, lhe causou uma «depressão» e não teve problemas em apontar o dedo a Nuno Espírito Santo.

«Em 2016 tive uma experiência com um treinador [Nuno Espírito Santo] que não me queria deixar jogar. Talvez me visse mal por causa dessa situação [depressão] e tudo o que eu queria era jogar e encontrar a felicidade», relembrando o regresso à Colômbia para cumprir um desejo do avô, doente na altura, de jogar pelo Independiente Medellín: «Isso foi impagável para mim. Talvez não compreendessem, mas deixei-me guiar pelo coração».

Mas sobre NES, Quintero foi mais longe e com palavras bastante duras, acusando o técnico de não o querer na equipa. E explicou o porquê.

«Disse-me: 'Quero que jogues 25 minutos. No dia em que estivermos a perder, entras e resolves e no dia em que estivermos a vencer por quatro ou cinco golos, fazes um túnel e fazes as pessoas divertirem-se”. Palavras muito bonitas, mas não, eu queria era competir. Se me deixas competir, ok. Se não... não sou palhaço», afirmou, acabando por agradecer a Nuno.

«Agradeço-lhe porque ele despertou em mim aquele espírito de criança lutadora e disse: 'Pouco me interessa estar na Europa, no FC Porto, vou para o meu país onde vou ser feliz, quero que o meu avô me veja'. Desisti de muitas coisas, mas para mim foi a melhor decisão que tomei», finalizou.