NATO reforça proteção do gasoduto Trans-Adriático da Enagás

9 meses atrás 70

A segurança do abastecimento energético da Europa continua a ser crítica, num cenário de guerra que está prestes a entrar no terceiro ano.

A NATO decidiu reforçar a proteção do gasoduto Trans-Adriático (TAP): a aliança enviou dois navios caça-minas do Grupo Permanente de Contramedidas para o Mar Adriático para trabalhar em estreita colaboração com a Marinha italiana e as autoridades locais para monitorizar aquela infraestrutura, fundamental para o abastecimento da Europa.

A decisão ocorre ao mesmo tempo em que a Alemanha sofre outra sabotagem, desta vez no gasoduto ETL180 – ainda em construção – que está a ser investigado pelo Ministério Público do país por ser infraestrutura essencial, revela a comunicação social.

O TAP começou a transportar gás em 2020 através de 878 km que se estendem entre a Grécia e da Albânia e correm sob o Mar Adriático até Itália, abastecendo cerca de sete milhões de casas, recorda o jornal espanhol, “El Economista”. Este reforço da segurança no Adriático ocorre no meio do aumento das tensões no Mar Vermelho e após a sabotagem do Nord Stream no ano passado.

A NATO criou uma Célula de Coordenação de Infraestrutura Submarina em março de 2023 para mapear vulnerabilidades e coordenar esforços para as reduzir entre aiados, parceiros e o sector privado. Foi igualmente criado um grupo de trabalho NATO-União Europeia sobre proteção das infraestruturas críticas.

A monitorização regular da integridade das Infraestruturas submarinas críticas (CUIs), incluindo gasodutos e cabos de comunicação. Aproximadamente um terço dos recursos naturais são transportados através de tubos submarinos, enquanto praticamente todas as conexões de internet, incluindo transações econômicas e financeiras, são compartilhadas dessa forma.

Em janeiro do ano passado, a Enagás chegou a acordo com a suíça Axpo para comprar 4% da TAP por 168 milhões de euros, que se somaram aos 16% que a empresa já tinha. Com esta transação, a Enagás reforçou o cumprimento do objetivo anunciado na apresentação do seu Plano Estratégico 2022-2030 de contribuir para o reforço da segurança do aprovisionamento energético e da descarbonização na Europa.

Após o fecho da aquisição, a participação da TAP ficou com uma participação de 20% na Enagás, a mesma percentagem que a britânica BP, a azeri SOCAR, a italiana Snam e a belga Fluxys. Esta última atingiu essa posição após um acordo para adquirir 1% que estava nas mãos da empresa suíça Axpo.

Ler artigo completo