Há cerca de uma década, ou talvez mais, a NBA e os adeptos conheceram um novo termo: load management. Traduzindo para português, significa gestão de esforço, mas, se traduzirmos «por miúdos», isto significa apenas, e só, DESCANSO. É verdade, a Liga e os jogadores que sempre se prezaram por jogar o mais possível e por serem verdadeiros super-homens, perceberam que a gestão física era essencial para tentarem estar na melhor condição possível na altura dos playoffs.
Jogadores como LeBron James, Tony Parker, Paul George, Kawhi Leonard etc, tornaram-se os posters desta medida e a Liga teve de agir. Na temporada passada, perante muitas críticas dos adeptos, das televisões e dos patrocinadores, a Liga criou a «política de participação». Os jogadores que a NBA considera «estrelas» não podem falhar jogos transmitidos nacionalmente (ESPN, TNT e ABC) por motivos de descanso ou gestão física. Além disso, foi ainda imposta uma regra, «obrigando» os jogadores a atingirem 65 jogos para se qualificaram para os prémios individuais e para as equipas All-NBA, algo que depois influencia os contratos.
É aqui que entra a situação atual de Joel Embiid. O poste não está lesionado, esteve recentemente nos Jogos Olímpicos e até participou em jogos da pré-temporada. Porém, os 76ers anunciaram que não estará na primeira semana da Liga, falando de um processo de «recuperação de forma».
@Getty Images
Ora, a NBA e os parceiros televisivos olham para Embiid e para os 76ers como um dos maiores ativos e, logo na primeira semana, deram dois jogos transmitidos nacionalmente à equipa e dois adversários de peso, em três possíveis. Na abertura da Liga, a equipa de Philadelphia jogou contra os Bucks e, no domingo, jogará contra os Pacers, finalistas da conferência Este na temporada passada.
Visto que poste não está lesionado, a NBA, segundo o jornalista da ESPN Shams Sharania, prepara uma investigação para perceber se Embiid tem motivo para falhar jogos deste calibre. Caso a Liga considere inválidas as razões, poderá multar os 76ers, num valor até 500 mil dólares.
Para fechar, convém dizer que, apesar de meio milhão ser bastante dinheiro, parece certo que a equipa e o jogador estão dispostos a tudo para estarem no pico da forma e da saúde em abril e não em outubro.
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