Nikki Haley: a penúltima fronteira antes da Casa Branca

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Os pais são indianos. Num país onde o racismo está em crescimento – mas onde é que não está? – Nikki Haley, antiga governadora da Carolina do Sul, ex-Embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas e ainda candidata às primárias do Partido Republicano.

O seu maior ‘handicap’ político é ser filha de dois indianos oriundos do Punjab. Ainda por cima sikhs, o que será com certeza ainda pior. Haley tem sido alvo de ataques sem freio vindos do Partido Republicano e particularmente de Donald Trump – o seu único oponente. É o regresso a uma narrativa que o ex-presidente dos Estados Unidos e mais que provável futuro presidente dos Estados Unidos gosta de usar: o seu ex-homólogo Barack Obama também não reunia as condições mínimas para ser presidente uma vez que era muçulmano e muito provavelmente nascido num país qualquer que não os Estados Unidos.

Haley já está oficiosamente derrotada: as duas primeiras prestações, em Oiwo e em New Hampshire, não lhe correram bem – mas a candidata diz que não desistirá, até porque tem pela frente, em pouco tempo, as primárias na Carolina do Sul. A sua ‘casa’, se é que para uma descendente de estrangeiros ainda é possível chamar ‘casa’ a um canto qualquer dos Estados Unidos. Com certeza que Donald Trump, que a escolheu para o cargo na ONU, está agora arrependido da escolha: como é possível que alguém a quem ‘deu a mão’ tenha cometido a ‘traição’ de pretender enfrentá-lo nas presidenciais? Serve o mesmo para Ron DeSantis, o governador da Flórida considerado uma ‘criação’ de Trump. Mas esse, ao menos, quando percebeu que não ia a lado nenhum – até porque não tinha dinheiro para isso – tratou de se por ao fresco, não sem antes esquecer-se de endossar Trump como seu candidato, não vá ter problemas no futuro.

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