Notas do FC Porto-Leixões: Levantar ferro para não ficar a 'ver navios'

8 meses atrás 74

Foi uma vitória em 'serviços mínimos'. O resultado já nada importava para a competição - o FC Porto estava fora da Taça da Liga, à partida - mas a vitória seria de grande importância para os adeptos, e para o próprio Sérgio Conceição, que pediu "máxima seriedade" antes do jogo. Os dragões ganharam por 2-1, com alguma dificuldade.

O jogo até começou bem para o FC Porto, com um golo do irrequieto Francisco Conceição, numa bela execução técnica, a aproveitar uma bola perdida após um canto. Isto, aos sete minutos. Nota para a titularidade, do lado contrário, de Moisés Conceição - irmão de Francisco e filho de Sérgio.

Aos 14', o Leixões empatou com uma grande penalidade cometida por Marko Grujic. Empurrou Adriano Amorim pelas costas, numa má abordagem, e José Bessa apitou. Fabinho, do Leixões, marcou o penálti com categoria. Jogo empatado. 

Já na fase final da primeira metade, os leixonenses ficaram reduzidos a dez homens. Wakaso entrou de forma imprudente sobre Romário Baró e viu o segundo cartão amarelo, aos 41 minutos. Se a tarefa dos 16.º classificados da II Liga já era difícil, mais ficou. 

Na segunda parte, Conceição foi introduzindo jogadores como Taremi, Evanilson, Pepê ou Galeno, apercebendo-se da incapacidade da equipa em concretizar chances de golo. O Leixões recolheu-se bem. E foram dois substitutos a alcançar a viragem - Evanilson foi derrubado por Leo Bolgado e Taremi marcou a grande penalidade, aos 83', devolvendo alguma tranquilidade às bancadas. O FC Porto despede-se, assim, da Taça da Liga sem poder revalidar o título. 

Como versa a música d'Os Azeitonas: Anda comigo ao porto de Leixões ver os navios/ A levantar ferro/ Rasgar o mar. Bem teve o FC Porto de esforçar-se para levar de vencida o emblema daquela região. 

Figura 

Francisco Conceição foi, de longe, o melhor jogador do FC Porto. Muito desequilibrador, ameaçou não só no golo  (de belo efeito) como noutras ocasiões. A verdade é que 'Chico' tem feito boas exibições ultimamente e reclama mais minutos na equipa.

Surpresa

Adriano Amorim foi, do lado do Leixões, o mais desequilibrador durante a primeira parte, enquanto os 'bebés do mar' jogavam com onze jogadores. Ganhou a falta da grande penalidade e mostrou pormenores de recorte técnico que chamam a atenção. Tem 21 anos e está na segunda temporada em Portugal. 

Desilusão

Marko Grujic já reclamou publicamente mais minutos esta temporada mas não o fez por merecer durante este jogo. Cometeu a grande penalidade de forma escusada, falhou uma grande oportunidade aos 43' e não fez a diferença no meio-campo. 

Treinadores

Sérgio Conceição tinha avisado que ia encarar este jogo com competitividade. Rodou bastante a equipa, esperando talvez que os suplentes aproveitassem a oportunidade para se mostrarem. Não aconteceu. Teve de por 'toda a carne no assador' na segunda parte e só assim levou de vencida o Leixões. Fez bem.

Pedro Ribeiro, que já treinou na I Liga, teve a oportunidade de reaver o FC Porto. Apresentou uma equipa atrevida na primeira parte e compacta durante a inferioridade numérica. Não fosse o penálti, estaríamos aqui a falar de um empate para o técnico. Nota positiva. 

Árbitro

José Bessa teve um critério muito apertado, especialmente na primeira parte. Fê-lo mostrar muitos cartões amarelos o que, em parte, justifica a expulsão de Wakaso (o segundo amarelo é indiscutível, o primeiro nem tanto). Na segunda parte, alargou um pouco o critério, talvez para não estragar mais o espetáculo, mostrando alguma incoerência.

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