Nove suspeitos julgados nos Países Baixos pelo assassínio de jornalista

7 meses atrás 55

Peter R. de Vries foi morto a tiro em plena luz do dia numa rua do centro da Haia, a 06 de julho de 2021, pouco depois de ter saído de um estúdio de televisão onde participava como convidado.

Morreu nove dias após o atentado, que, segundo os procuradores, estaria relacionado com o seu papel no julgamento de um barão da droga neerlandês.

Dois suspeitos, identificados apenas como Delano G. neerlandês, e Kamil E., polaco, foram detidos pouco depois do atentado.

Em junho de 2022, os procuradores tinham pedido a prisão perpétua para os dois suspeitos, mas o veredicto foi adiado no mês seguinte após a detenção de outros suspeitos e ao aparecimento de novas informações que os juízes consideraram dever ser acrescentadas ao processo.

Delano G. é acusado de ter premido o gatilho e Kamil E. de ter conduzido o carro de fuga e de garantir a vigilância antes do tiroteio.

Sete outros suspeitos foram posteriormente detidos. Durante as audiências, os nove arguidos declararam-se inocentes ou invocaram o direito de permanecer em silêncio, informou a agência noticiosa neerlandesa ANP.

Apenas um dos suspeitos, identificado como Erickson O., fez uma breve declaração durante a audiência, negando qualquer envolvimento no assassínio do conhecido jornalista ou de participação numa organização criminosa, segundo a ANP.

"Eu não sabia quem ele era ou que era uma pessoa famosa", disse, afirmando também não saber que o De Vries tinha sido filmado após o ataque.

As audiências decorrem numa cave ("bunker"), um tribunal ultra seguro em Amesterdão. O veredicto está previsto para junho.

Segundo os procuradores, o conhecido jornalista foi morto devido ao seu papel de conselheiro da principal testemunha de acusação, Nabil B., no julgamento do alegado barão da droga Ridouan Taghi, detido no Dubai em 2019.

O irmão e o advogado de Nabil B. foram ambos mortos a tiro em 2018 e 2019, respetivamente.

O julgamento "demonstrou dolorosamente as potenciais repercussões para aqueles que interferem com o poder do crime organizado, incluindo os jornalistas", afirmou Jasmijn de Zeeuw, da Free Press Unlimited (FPU), num comunicado.

Leia Também: Países Baixos negam entrada a polémico pregador muçulmano australiano

Todas as Notícias. Ao Minuto.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online.
Descarregue a nossa App gratuita.

Apple Store Download Google Play Download

Ler artigo completo