Novo aeroporto: “Vamos ver como o Governo descalça essa bota”, diz Pedro Marques

2 horas atrás 23

“A concessionária pode negociar durante cinco anos com o Governo. Claro que vai limitar muito o atual ministro [Miguel Pinto Luz] Estaremos atentos à forma como o Governo vai negociar a construção do novo aeroporto”, realçou o antigo ministro das Infraestruturas na audição sobre a ANA Aeroportos esta quarta-feira.

O Partido Socialista (PS) vai estar atento às negociações do Governo com a Vinci (dona da ANA Aeroportos) para a construção do novo aeroporto em Alcochete. A mensagem foi transmitida por Pedro Marques, antigo ministro das Infraestruturas, durante a audição sobre a ANA Aeroportos, na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação esta quarta-feira, a pedido do PSD.

“A concessionária pode negociar durante cinco anos com o Governo. Claro que vai limitar muito o atual ministro [Miguel Pinto Luz] Estaremos atentos à forma como o Governo vai negociar a construção do novo aeroporto. Vamos ver como vai descalçar essa bota”, afirmou Pedro Marques.

O antigo governante no Executivo de António Costa foi questionado pelos deputados sobre a ausência de trabalho na questão do aeroporto durante os oito anos do Governo socialista, nomeadamente sobre a possibilidade de uma infraestrutura complementar no Montijo.

Em resposta, Pedro Marques realçou que foram realizados estudos técnicos e negociações com a área militar e a Força Aérea relativamente à possibilidade da utilização do uso do Montijo, mas culpou o Partido Social Democrata (PSD) pelo facto do processo não ter avançado.

“O investimento não avançou porque o PSD enquanto Governo tinha dito que queria avançar para a solução do aeroporto complementar no Montijo, e que apoiava politicamente essa solução, mas na direção seguinte a Passos Coelho, deu o dito por não dito, mudou de opinião através do seu líder Rui Rio e afinal já era preciso um novo aeroporto e não um complementar”, afirmou.

Recorde-se que, em maio deste ano, Miguel Pinto Luz garantiu no Parlamento que o Governo não vai aceitar os prazos contratualizados com a Vinci para a apresentação do projeto da candidatura da concessionária para a construção do novo aeroporto e que o Executivo vai exigir à Vinci que “muito mais cedo do que mais tarde possa apresentar projetos”, considerando que o prazo estabelecido de cinco anos não é aceitável.

“O meu compromisso e aquilo que o primeiro-ministro deu aos portugueses passa pela não aceitação dos prazos contratuais firmados com a Vinci. Não os aceitamos, não aceitamos que a Vinci possa ter cinco anos para apresentar projetos. Não faz sentido”, realçou o ministro das Infraestruturas e da Habitação.

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