Segundo candidato às autárquicas de outubro é assassinado no Brasil em 24 horas

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Numa assustadora sucessão de crimes violentos perpetrados ao longo da campanha para as eleições autárquicas brasileiras do próximo dia 6 de Outubro, mais um candidato foi assassinado, o segundo em menos de 24 horas, desta feita no estado do Rio de Janeiro, poucas horas depois da descoberta do corpo de outro político no estado de São Paulo. O novo atentado a um candidato às municipais de outubro aconteceu na noite desta terça-feira em Nova Iguaçu, cidade com 785 mil habitantes na área da chamada Baixada Fluminense, grupo de cidades da área metropolitana do Rio de Janeiro.

João Fernandes Teixeira Filho, conhecido como Joãozinho Fernandes, de 48 anos, era candidato a vereador e fazia uma caminhada eleitoral pelas ruas do bairro Vila Cava, em Nova Iguaçu, cercado por eleitores e assessores, quando o ataque aconteceu. Um automóvel surgiu de repente, reduziu a velocidade ao chegar perto da pequena multidão, e lá de dentro foram disparados vários tiros.

Atingido em cheio, o candidato morreu no local e duas eleitoras que estavam perto dele ficaram feridas. Uma delas precisou ser submetida a uma cirurgia e continuava esta quarta-feira internada no Hospital-Geral de Nova Iguaçu, e a outra teve alta após ser medicada.

Joãozinho Fernandes era candidato a um cargo político pela primeira vez e não tinha relatado qualquer ameaça à sua vida. Tanto que duas horas antes tinha anunciado o local onde iria fazer o seu ato eleitoral, aparentemente despreocupado com a sua segurança.

Horas antes, desta feita em Santo André, cidade de 749 mil habitantes vizinha a São Paulo, um outro candidato a vereador foi encontrado morto dentro do carro que tinha alugado para usar na sua campanha. Luís António de Jesus Barbosa, de 57 anos, conhecido como Luís Lampião, estava desaparecido desde sábado, e foi encontrado enrolado num cobertor no banco de trás do veículo, com as mãos amarradas e uma corda no pescoço.

Embora os números totais de ataques violentos a candidatos em todo o Brasil sejam difíceis de computar, pois cada um dos 27 estados brasileiros tem a sua própria polícia e regista somente os casos ocorridos na sua área, estima-se que quase 200 candidatos, familiares e assessores tenham sofrido ataques criminosos nesta campanha eleitoral, pelo menos 40 dos quais morreram. Só na Baixada Fluminense, onde aconteceu agora o atentado contra Joãozinho Fernandes, que ainda não consta nesta estatística, até à semana passada 15 candidatos tinham alvos de atentado, oito dos quais morreram.

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