Número de mortos em incêndio num prédio no Kuwait sobe para 49

O incêndio, no subúrbio de Mangaf, a sul da capital kuwaitiana, provocou ainda cerca de 40 feridos, informou o Ministério da Saúde em comunicado.

Um relatório anterior do Ministério do Interior apontava para mais de 35 mortos.

O incêndio deflagrou nos pisos inferiores de um edifício ocupado por trabalhadores asiáticos, segundo testemunhas, e rapidamente se propagou aos pisos superiores.

Apenas três dos mortos foram identificados, disse o general Eid al-Owaihan, diretor da polícia científica do Ministério do Interior.

As vítimas morreram por asfixia após terem inalado o fumo do incêndio, cuja causa ainda não foi determinada, segundo a defesa civil kuwaitiana.

O edifício de seis andares era utilizado para alojar 196 trabalhadores, disse um funcionário da empresa que os emprega, durante uma visita do ministro do Interior, Sheikh Fahd al-Youssef, que se deslocou ao local.

O governante anunciou que o proprietário do edifício foi detido no âmbito de uma investigação sobre uma eventual negligência.

O ministro adiantou que tencionava pedir às autoridades locais da capital que evacuassem todos os edifícios deste subúrbio que não cumprissem as normas de segurança.

"Vamos combater o problema das zonas sobrelotadas de trabalhadores estrangeiros e a negligência daí resultante", garantiu o ministro do Interior aos jornalistas.

As nacionalidades das vítimas não foram divulgadas, mas o embaixador indiano na cidade do Kuwait, contactado pela agência noticiosa francesa AFP, disse que se encontrava num dos hospitais para onde tinham sido levados os feridos.

Numa mensagem na rede social X, o ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, S. Jaishankar, declarou estar "profundamente chocado com a notícia" e apresentou "as mais sinceras condolências às famílias daqueles que tragicamente perderam a vida".

O Kuwait tem uma população de cerca de 4,2 milhões de habitantes, dois terços dos quais são migrantes e refugiados que trabalham neste pequeno mas rico país do Golfo, a maioria dos quais são provenientes de países asiáticos.

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